Inseminação Artificial em Bovinos

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Medicina Veterinária, Zootecnia
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

A inseminação artificial (IA) consiste no conjunto de eventos que acontecem desde a colheita do sêmen, sua análise e processamento em laboratório, a manutenção por períodos variáveis em condições extracorpóreas, até a sua introdução no trato genital de uma fêmea. O uso da IA é uma ferramenta essencial para o melhoramento genético e aumento da eficiência produtiva dos rebanhos. De todas as biotécnicas existentes que são aplicadas à reprodução animal, a IA é a mais antiga e também, a mais eficiente. Inicialmente, o objetivo era a erradicação de doenças infecciosas transmitidas pelo touro durante a monta natural, difundindo-se em seguida, como um instrumento eficaz e econômico para o melhoramento genético dos rebanhos.

A partir do momento que passaram a congelar o sêmen, a IA tornou-se mais rápida e mais controlada, viabilizando o uso de sêmen de um certo animal em épocas futuras.

Esta técnica possui vantagens em relação à monta natural, mas também possui algumas limitações:

Vantagens Limitações
Controle da transmissão de doenças infectocontagiosas da esfera reprodutiva Falta de mão-de-obra especializada
Incremento do melhoramento genético e da produção animal Utilização da técnica incorretamente
Aprimoramento do controle zootécnico
Racionalização do manejo reprodutivo
Redução dos problemas de partos em novilhas, usando-se touros com facilidade de parto
Possibilidade do nascimento de crias após a morte do pai

Para a realização desta técnica são utilizados os seguintes materiais:

Antes da IA deve-se verificar se a vaca está no cio, sendo que essa verificação é de extrema importância para o sucesso do procedimento. São recomendadas duas observações ao dia, uma no início da manhã e outra no final da tarde, por um período de 60 minutos, no mínimo. Identifica-se o cio através da aceitação da monta de outros animais. É comum utilizar rufiões para esta identificação, com ou sem bucal marcador (marcando com tinta a fêmea que deixou ser montada). As vacas que estiverem no cio devem ser identificadas e, no final deste, deve ser realizada a inseminação, utilizando um método prático que é: vacas que apresentam cio pela manhã, devem ser inseminadas na tarde do mesmo dia; vacas que apresentam cio a tarde, devem ser inseminada na manhã seguinte (recomenda-se intervalo de 12 horas).

Antes de inseminar a vaca, examine cuidadosamente sua ficha, verificando os últimos acontecimentos. Caso haja alguma anormalidade ou então, caso tenha parido a menos de 45 dias, não realize o procedimento.

Os procedimentos da técnica propriamente dita são:

Fontes:
https://web.archive.org/web/20100412070742/http://www.altagenetics.com.br:80/manual/introducao.htm
https://web.archive.org/web/20070127070349/http://www.cnpgc.embrapa.br:80/publicacoes/doc/doc_pdf/DOC071.pdf
https://web.archive.org/web/20081225164923/http://www.asbia.org.br:80/?informacoes/inseminacao_artificial

Biotécnicas Aplicadas à Reprodução Animal – Paulo Bayard Dias Gonçalves, José Ricardo de Figueiredo e Vicente José de Figueiredo Freitas. Ed: 2° (2008), p.57-81. Editora Roca.

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!