Museologia

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A Museologia – esta expressão provém do grego, ‘museión, ‘museu’ ou ‘lugar das musas’, e ‘logos’, ‘razão’ – é o campo que investiga a instituição conhecida como Museu, sua interação com a realidade humana, dando origem a esta compreensão ao abordar a relação entre o ser humano, os aspectos culturais e a natureza, no interior das mais variadas formas de conceber o real. Ela explora todos os ângulos relacionados à existência deste espaço, preparando os profissionais para geri-lo, preservá-lo, produzir mostras e eventos diversos.

Museu do Louvre (Paris, França). Foto: Takashi Images / Shutterstock.com

Esta disciplina interage constantemente com as Ciências Humanas, a Filosofia, a História da Arte, as Matérias Naturais, os Conhecimentos Biológicos e com a área de Exatas. Na graduação o aluno aprende a Museologia Teórica e a Museologia Aplicada, que aborda os métodos e os meios de pesquisa, organização de documentos, coleta de informações, manutenção e defesa do patrimônio, e a gestão de um Museu.

Os museus só passam a existir quando o Homem conquista a consciência de seu Patrimônio natural – concretizado nos objetos materiais – e cultural – baseado em aquisições imateriais, como, por exemplo, o folclore, a mitologia, entre outros -, que constitui o chamado Patrimônio Integral. Assim que este processo tem início, começa a se definir a identidade do indivíduo, em todos os tempos e lugares. É a partir daí que a Humanidade passa a construir estes espaços, visando preservar seu legado histórico-cultural.

As primeiras instituições museológicas nascem entre os séculos XV e XVI, batizadas como gabinetes de curiosidades. Elas nada mais eram senão a reunião de uma série de materiais aleatórios, coletados sem nenhum critério ou ordem conhecida, incapazes de emitir uma mensagem coerente.

Apenas no final do século XIX surge um museu racionalmente organizado, o Museu de História Natural de Londres. Sua distribuição por classes foi instituída de acordo com a concepção classificatória de Carlos Lineu, botânico, zoólogo e médico suíço, criador da classificação científica.

Ao longo do século XX, com o avanço das novas tecnologias, às antigas técnicas somaram-se novos recursos dos campos da comunicação e da informática. São criados então espaços como o Museu da Língua Portuguesa, que utiliza métodos como o de projeção imagética para melhor disseminar o conhecimento de seu patrimônio aos visitantes.

O especialista deve, portanto, adquirir todo o conhecimento necessário sobre os museus, investigar suas origens e trajetórias históricas, seu crescimento, sua posição significativa nas mais variadas esferas sociais. Ele pode trabalhar em museus, centros de cultura, instituições de pesquisa, centros de documentação, galerias de arte, arquivos, bibliotecas, centros universitários e escolas. O museólogo tem também a opção de oferecer assistência técnica e de ser um consultor versado neste campo nas mais diversas instituições ligadas ao trabalho com o patrimônio humano.

A Museologia oferece campo para profissionais que desejem trabalhar com a restauração, preservação, técnicas para evitar a deterioração dos objetos, elaboração do catálogo do acervo, organização de exposições, mostras e atitudes culturais. O especialista brasileiro é regulamentado legalmente desde 1984 e tem seus direitos preservados por intermédio dos Conselhos Regionais (COREMs) e do Conselho Federal de Museologia (COFEM).

Fontes
https://web.archive.org/web/20100324111137/http://www.unirio.br:80/cch/graduacao/museologia/museologia.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Museologia

Arquivado em: Artes, Ciências, Profissões
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