Paraparesia Espástica Tropical

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A paraparesia espástica tropical (PET) consiste em um transtorno demielinizante crônico, que acomete predominantemente a medula espinhal na porção média e distal da coluna torácica.

Esta desordem tem como agente etiológico o vírus HTLV-1, que é um retrovírus pertencente à família retroviridae. Trata-se de uma moléstia endêmica em diversos locais do mundo, como Japão, África, Caribe e América do Sul. No Brasil, o estado de maior prevalência é a Bahia.

O vírus HTLV-1 foi descoberto na década de 80, nos Estados Unidos. No Brasil, concluiu-se em 1993 a significativa prevalência desse agente etiológico na população de doadores de sangue.

A transmissão ocorre de diferentes formas, incluindo a transmissão vertical, ou seja, da mãe para o filho, através da via transplacentária ou pela amamentação; pelo contato sexual; pelo compartilhamento de seringas contaminadas e por transfusões de sangue infectado.

Normalmente os indivíduos acometidos são assintomáticos. Com relação aos indivíduos sintomáticos, alguns desenvolvem PET (entre 3 a 5% dos pacientes), enquanto outros desenvolvem linfoma de células T.

A evolução do quadro da PET é lento e gradativo, com o paciente apresentando sinais de Babinsk, hiperreflexia, dor na região lombar, impotência sexual, diferentes graus de distúrbio esfincterianos e sensitivos, paraparesia espática  que leva a diferentes tipos de problemas na marcha e alterações posturais.

O diagnóstico da infecção pelo vírus HTLV-1 é alcançado por meio de exames sorológicos que aponta a presença do anticorpo anti-HTLV-1 no sangue e líquido cefalorraquidiano, por meio de ensaio imunoenzimático (E.L.I.S.A.), sendo confirmado pelo teste de Western Blot e/ou PCR.

Não há cura para este transtorno. O tratamento desses pacientes com corticosteroides leva a uma considerável melhora do quadro. Outra opção é a plasmaferese, que também resulta em melhora temporária.

A fisioterapia tem demonstrado ser uma importante ferramenta para a reabilitação dos pacientes sintomáticos, levando à melhora da espasticidade e da fraqueza causada pela PET.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paraparesia_esp%C3%A1stica_tropical
http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2006/RN%2014%2003/Pages%20from%20RN%2014%2003-6.pdfhttp://www.manualmerck.net/?id=212&cn=1801
http://www.uva.br/sites/all/themes/uva/files/pdf/paraparesia_espastica_tropical_htlv1.pdf

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