Protocolo de Kyoto

Graduado em Geografia (Centro Universitário Fundação Santo André, 2014)

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O Protocolo de Kyoto foi um tratado que se resultou a partir de uma conferência da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, realizada na cidade de Quioto (Kyoto) no Japão no ano de 1997. Neste documento foram levantadas algumas questões acerca da redução de ao menos 5,2% da emissão de gases do efeito estufa, gases esses que ampliam os problemas ambientais climáticos, baseados de acordo com suas quantidades emitidas até a década de 1990.

No ano de 1992 foi realizada na cidade do Rio de Janeiro (RJ) uma Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, com a participação dos representantes de 180 países, nela foram apontados diversos problemas ambientais, inclusive os de aspectos climáticos e como a interferência humana estava diretamente relacionada a eles, sendo assim foram propostas algumas formas de combate e controle de tais problemas, uma delas foi a criação de uma agenda global para diminuir os problemas ambientais no mundo de forma gradativa, surgindo também a Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (UNFCCC) que tinha como intuito o debate específico sobre os problemas que envolviam os efeitos daquilo que posteriormente foi chamado de “Aquecimento Global”.

O Protocolo de Kyoto objetivava a redução da emissão de gases do efeito estufa. Foto: Oleksandr Kalinichenko / Shutterstock.com

No ano 1997 foi realizada então uma Convenção sobre Mudanças Climáticas em Quioto (Japão), nela alguns apontamentos em questão ao efeito estufa foram levantados e proposto que os países membros desta convenção adotassem uma redução gradativa da emissão de gases que agravavam o efeito estufa, dentre esses gases estavam o Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido Nitroso (N2H), Hidrofluorcarboneto (HFCs), Perfluorados (PFCs) e o Hexafluoreto de Enxofre (SF6).

No Protocolo de Quioto foi estipulado algumas fases para que os países reduzissem a emissão desses gases, sendo a primeira fase de 2008 a 2012, e a segunda fase se iniciou de 2013 a 2020. Nessa Convenção também foi apontado que 55% das emissões dos gases eram resultantes de países desenvolvidos (países com maior desenvolvimento econômico e industrial), o tempo de espera para a implementação dos eventos de redução dos gases seria para que esses países pudessem se adaptar e fazer transições para um novo modelo industrial que não emitisse ou reduzisse esses gases, tendo também a assinatura e ratificação pelo maior número possível de países.

Alguns países como Estados Unidos (EUA) que era um dos maiores responsáveis pela emissão desses gases, e assinou o tratado, não o ratificou, ou seja, não colocou em ação a redução dos gases, mantendo uma produção industrial nociva com a continuação da emissão desses gases de efeito estufa.

Para os países que adotaram medidas de redução dos gases foi emitido certificados de redução de carbono, podendo ser convertidos até em créditos econômicos, além de alguns países que produziram métodos para a redução dos gases, como os MDL (Mecanismos de Desenvolvimento Limpo) que visa reduzir a emissão de carbono e captar ele da atmosfera através de processos industriais.

Por que reduzir a emissão desses gases?

O Efeito estufa é um fenômeno natural terrestre, responsável pela manutenção da vida no planeta. Ele ocorre com a entrada da radiação solar na atmosfera, que se transforma em calor e permanece nessa atmosfera auxiliando nos momentos em que não há incidência direta da luz solar (noite). A camada atmosférica responsável por esse fenômeno é a Camada de Ozônio (O3), presente na estratosfera (segunda camada da atmosfera).

O maior problema do efeito estufa está quando os gases soltos na atmosfera não conseguem ultrapassar a camada de ozônio e também permanecem na atmosfera, isso aumenta a quantidade de partículas nela e consequentemente o calor, além dos gases serem aspirados pelas pessoas podendo trazer problemas respiratórios e outros malefícios.

Com a redução da emissão desses gases diversos problemas ambientais em relação ao clima podem ser reduzidos intensamente, principalmente aqueles acerca do Aquecimento Global.

Bibliografia:

https://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas.html

https://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas/protocolo-de-quioto.html

https://unfccc.int/process-and-meetings/the-kyoto-protocol/what-is-the-kyoto-protocol/kyoto-protocol-targets-for-the-first-commitment-period

https://nacoesunidas.org/acao/mudanca-climatica/

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