Classificações dos Elementos na Tabela Periódica

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

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Inúmeras propriedades dos átomos mostram variações periódicas em função do número atômico, e por esta razão podem ser demonstradas em uma tabela. Dentre elas, estão o raio atômico, a energia de ionização, a afinidade eletrônica, a eletronegatividade e a eletropositividade, consideradas como propriedades químicas, e outras vistas como físicas, como a densidade, o volume atômico, o ponto de fusão e de ebulição e o caráter metálico.

A configuração que os elementos químicos admitem na Tabela Periódica trata a forma mais coerente na qual a variação de suas propriedades tornam-se mais evidentes. Dessa forma, quando agrupados, esses elementos podem ser classificados de acordo com algumas dessas propriedades, pois os elementos químicos com “semelhanças” encontrar-se-ão próximos uns dos outros.

Algumas famílias de elementos (linhas verticais da Tabela Periódica) são caracterizadas por nomes relevante a alguma de suas propriedades. Por exemplo, os elementos do Grupo IA são frequentemente chamados de metais alcalinos, uma vez que seus compostos são cáusticos ou, como o nome sugere, “alcalinos”. Os elementos do Grupo IIA são conhecidos como metais alcalinos terrosos, pois estes elementos encontram-se nos minerais e alguns de seus compostos também são cáusticos. Já os elementos do Grupo VIIA são chamados halogênios, derivando o nome do grego “formadores de sais”. Os elementos do grupo 0, por sua vez, são os gases nobres, nome este em referência ao seus estado físico e baixa, praticamente inexistente, reatividade química.

De uma maneira ainda mais ampla, os elementos podem também ser classificados como metais, semimetais e não-metais. Este critério de classificação está baseado, principalmente, nas propriedades elétricas desses elementos, pois “o que chamamos de caráter metálico é, na verdade, um conjunto de propriedades baseadas no seguinte fato geral: um elemento é tanto mais metálico quanto maior é sua capacidade de perder elétrons1.

Os metais possuem elevada condutividade elétrica e térmica, brilho característico, geralmente pontos de fusão elevados, ductibilidade e maleabilidade. Os não-metais ou ametais, por outro lado, são maus condutores de eletricidade e calor, não possuem o brilho característico dos metais e, quando sólidos, são altamente quebradiços. Já os semimetais ou metalóides apresentam propriedades intermediárias entre os metais e os não-metais. Por exemplo, são utilizados industrialmente como semicondutores de eletricidade.

Na Tabela Periódica a maioria dos elementos são metais, e estes estão situados à esquerda, em detrimento aos não-metais, que estão mais à direita. Entre ambos, formando uma espécie de divisão entre os dois grupos, encontram-se os semimetais. “O hidrogênio, no topo do Grupo IA, é realmente o único elemento que se exclui dessa classificação. Isto se deve ao seu comportamento não-metálico sob condições normais e metálico à pressões extremamente elevadas2.

Referências:
1. SARDELLA, Antônio; MATEUS, Edegar; Curso de Química: química geral, Ed. Ática, São Paulo/SP – 1995.
2. MAHAN, Bruce M.; MYERS, Rollie J.; Química: um curso universitário, Ed. Edgard Blucher LTDA, São Paulo/SP – 2002.
PERUZZO, Francisco Miragaia (Tito); CANTO, Eduardo Leite; Química na Abordagem do Cotidiano, Ed. Moderna, vol.1, São Paulo/SP- 1998.
ROZENBERG, Izrael Mordka; Química Geral, Instituto Mauá de Tecnologia, Ed. Edgard Blucher LTDA, São Paulo/SP – 2002.

Arquivado em: Química
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