Pentecostalismo

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 ”A descida do Espírito Santo

1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
2 E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”.  (
Atos 2:1-4 )

A referência bíblica descrita acima pode ser considerada a mais forte justificativa de grande parte das igrejas evangélicas, sobre a crença na presença do Espírito Santo a encher e capacitar cada crente num papel especial no ministério de Cristo. Há várias outras referências nas escrituras sobre a ação do Espírito Santo, e atualmente todas as denominações cristãs evangélicas reconhecem a legitimidade deste que seria terceira pessoa da santíssima trindade; entretanto, nem todas as igrejas são classificadas como “Pentecostais”, e tiveram suas origens por ação missionária como é o caso, por exemplo, das igrejas Batistas, Adventistas, Metodistas, Presbiterianas e Luteranas.

A busca pelo “Dom de línguas” ou “Batismo pelo Espírito Santo” como é conhecido no meio evangélico, faz parte da crença das igrejas que, apesar de terem também semelhante origem missionária, elas assumem a postura de tradicionalmente Pentecostais. Este movimento ganhou destaque nas primeiras décadas do século XX, no meio protestante. Eles relatavam algumas manifestações sobrenaturais identificadas durante os cultos de adoração, curas milagrosas, e ainda, alguns fieis oravam em línguas estranhas aos demais ouvintes e em seguida relatavam sentir um intenso amor, a presença de Deus, um sentimento difícil de descrever com simples palavras. O segmento pentecostal, além de tais manifestações, apresenta uma forte preocupação com a sociedade, num discurso consciente da volta de Cristo para buscar a igreja.

A primeira constatação de igrejas Pentecostais no Brasil ocorreu entre os anos de 19010 e 1911, quando por meio de missionários europeus e americanos, se consolidaram as igrejas “Congregação Cristã do Brasil” e “Assembléias de Deus”. Uma segunda fase ocorre entre 1950 e 1960, quando se fragmenta o campo pentecostal no país e podemos identificar três grupos: a Igreja do Evangelho Quadrangular (fundada em 1951), seguida pela “O Brasil para Cristo” (de 1955) e pela “Deus é amor” (fundada em 1962). Nesta época, os brasileiros já sentem os primeiros efeitos da revolução industrial, quando há um forte processo de urbanização nas estradas. E desta forma, as igrejas que antes estavam concentradas nas periferias das grandes cidades conseguem mais acesso a novos grupos, intensificando as campanhas de evangelização in loco. Além disso, utilizam o rádio como instrumento de pregação religiosa alcançando outros públicos.

No início dos anos 80 algumas igrejas ganham destaque na mídia, devido um grande crescimento populoso de seus movimentos. Tais, são conhecidas como “Neopentecostais” e pregam a “Teoria da Prosperidade” colocando a fé do cristão como determinante para o crescimento financeiro.  Além de o discurso manter este foco, apresentam mais alguma diferenciação do segmento tradicionalmente Pentecostal ao investirem na Televisão e enfatizarem a participação de evangélicos na política. A “Igreja Universal do Reino de Deus” é a maior representante desse segmento no país seguida pela “Igreja Internacional da Graça” e a “Renascer em Cristo”.

Bibliografia:
http://livrosdabiblia.blogspot.com.br/2008/10/livros-da-biblia-atos-21-4.html
Bíblia sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil 2 ed Barueri SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 1988, 1993.
Carta Capital – Edição 25 julho 2012, “A avalanche evangélica” pág 46

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