Taylorismo

Graduada em Administração de Empresas (UNIFEMM, 2010)
Graduada em Comunicação Social (PUC-MG, 2003)

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O Taylorismo, também conhecido por Administração Científica, foi desenvolvido pelo estadunidense Frederick Winslow Taylor (1856-1915), no final do século XIX e início do século XX.

A Administração Científica foi desenvolvida em meio a um processo de transformação gerado pela segunda Revolução Industrial, com o aço substituindo o ferro, e a energia elétrica e o petróleo sendo usados no lugar do vapor.

Engenheiro mecânico, Taylor, também conhecido como “Pai da Administração Científica”, construiu sua carreira trabalhando em importantes empresas como: Midvale Steel Company, Bethlehem Steel Company e Cramps Shipbuilding Company. Ele escreveu cinco livros, dentre eles: Princípios da Administração Científica e Gerência de Fábrica que permitiram com que fizesse parte do rol de pessoas, em especial engenheiros, que contribuíram com o pensamento administrativo.

A Administração Científica se baseia em quatro princípios básicos, desenvolvidos por Taylor, que visam melhorar o desempenho da organização:

  • 1º Princípio: O estudo, por parte da gerência, das tarefas (Estudo dos tempos e movimentos). Este deve ser feito de forma a levantar o conhecimento que se encontra na cabeça dos trabalhadores, registrá-los, medi-los, simplificá-lo e reduzi-lo ao mínimo, observando assim, a melhor maneira de se executar a tarefa. Em seguida, criam-se regras e leis que irão retornar aos trabalhadores que as colocam em prática.
  • 2º Princípio: A gerência deve fazer uma seleção científica dos trabalhadores de forma a escolher a melhor pessoa para a execução de uma tarefa e cuidar do seu contínuo desenvolvimento.
  • 3º Princípio: é o momento em que as leis e regras criadas no primeiro princípio voltam para o trabalhador selecionado através de cartões de instrução. Assim, as “melhores pessoas” são treinadas para a realização da tarefa da “melhor maneira”.
  • 4º Princípio: divisão do trabalho. Aqui a gerência, representada pelos administradores e engenheiros, estabelecem os padrões e os operários apenas obedecem.

Este quarto princípio é particularmente importante e característico da Administração Científica. Antes, os trabalhadores realizavam quase todas as tarefas, sem se preocuparem com o tempo que gastavam ou com o quanto produziam. No Taylorismo, a gerência passa a ser mais presente, as atividades dos trabalhadores, mais específicas. Com isso, surgiu um sistema de cooperação entre os dois grupos (gerência e trabalhadores) visando alcançar objetivos. Aos trabalhadores era cobrada a execução correta que lhes foram ensinados e a produção. Taylor acreditava que o sucesso do trabalhador estava associado ao sucesso da organização.

Outro ponto relevante a ser observado na Administração Científica é a remuneração. No século XIX, os funcionários recebiam um incentivo negativo: a motivação era baseada no medo de serem dispensados. Com os princípios de Taylor, o incentivo passou a ser positivo: ele propôs o pagamento por peça. Sendo assim, como foi mencionado anteriormente, quanto maior a produtividade da organização, mais o trabalhador ganharia.

Apesar de estarmos falando de princípios que foram desenvolvidos há mais de um século, é interessante salientar que eles não descartados ou esquecidos, mas aprimorados. Ainda hoje é possível detectar traços dos princípios do Taylorismo na administração das organizações.

Referências bibliográficas:

MOTTA, Fernando Carlos Prestes; ISABELLA Gouveia de Vasconcelos. Teoria Geral da Administração.3ª Ed. Ver. – São Paulo: Cengage Learning, 2015.

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