Volvismo

Por Juliana Machado Cruz

Graduada em Administração de Empresas (UNIFEMM, 2010)
Graduada em Comunicação Social (PUC-MG, 2003)

Categorias: Administração
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O Volvismo constitui um modelo de organização do trabalho, criado pelo engenheiro indiano Emti Chavanmco, na década de 1960, na planta da Volvo na cidade sueca de Kalmar. Posteriormente, também foi implantado nas plantas das cidades Torslanda (1980-81) e Uddevalla (1988), igualmente na Suécia. É um modelo pós-Fordista que concilia tanto os aspectos tecnológicos quanto os humanos presentes no sistema de produção.

Para se compreender como se deu a implantação do Volvismo é preciso, antes, conhecer as características da indústria sueca. Os trabalhadores têm autonomia bem como conhecimento para detectar oportunidades e experimentá-las, de modo a agregar valor ao produto final. Isso ocorre porque eles são treinados a fazerem parte de equipes auto-gerenciáveis. A indústria sueca se caracteriza endogenamente, ou seja, internamente, ainda, por um elevado grau de automação e informatização. Em contrapartida, uma mão-de-obra altamente educada e qualificada, além da presença marcante de sindicatos trabalhistas caracteriza essa indústria exogenamente, ou seja, do ponto de vista exterior. A combinação dessas características, somado ao fato de as fábricas da Volvo buscarem internacionalizar a produção e possuírem uma cultura organizacional que vêem com bons olhos o experimentalismo, permitiu o desenvolvimento do Volvismo. É um modelo em que o funcionário tem papel mais importante do que teve no Fordismo. Até porque, os jovens desse país se recusavam a trabalhar em um modelo em que fossem tratados como “partes de uma máquina”, como acontecia no modelo Taylorista.

As principais características que se pode notar no Volvismo são:

O modelo Volvo da época não dava atenção ao fator humano somente dentro de suas plantas. Ele também se preocupava em criar uma boa relação extramuros com a sociedade, através de investimentos sociais da empresa, tais como a construção de escolas e igrejas, o que resultou não só uma boa imagem da empresa aos olhos da sociedade, como também um maior espaço político da empresa entre cidadãos e Estado.

Referência bibliográfica:

VIEIRA, Marcelo Milano Falcão…et al. Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012

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