Impala

Por Antônio Pedro dos Reis Filho

Graduado em Ciências Biológicas (UNIOESTE, 2017)

Categorias: Animais, Mamíferos
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Impala é um mamífero selvagem que integra à família Bovidae, a mesma das cabras, ovelhas, bois e outros ruminantes; esse animal pertence ao gênero Aepyceros, sendo que a principal espécie é Aepyceros melampus. 

Assim, temos a seguinte classificação científica:

A Impala é um animal ecótono, ou seja, vive em regiões de fronteira próximo a bosques, sendo amplamente encontrada no nordeste da África Austral e centro da África até as regiões do Quênia.

São animais de médio porte, a qual os machos possuem uma altura que varia entre 75 e 92cm e um peso entre 53 e 76kg; já as fêmeas, apresentam uma altura entre 70 e 85cm e um peso entre 40 e 53kg.

Impala. Foto: Pixabay

O corpo desses animais apresenta uma coloração castanha na porção do dorso, já as partes inferiores são brancas. Há também estreitas faixas brancas acima dos olhos, nas partes internas das orelhas e na porção superior da cauda. Além dessas marcas, há uma linha dorsal preta que se estende ao longo dos traseiros até a região da cauda.

Por fim, temos a caracterização mais marcante dos machos, que apresentam chifres curvados com cristas proeminentes, tendo um tamanho que varia de 45 a 92cm.

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Habitat

Por ser um animal ecótono, a impala tem uma maior preferência para regiões com transição de vegetação, principalmente próximo aos bosques, mais especificamente em locais que apresentam vegetação rasteira com pastagens de pequeno e médio porte.

Outro ponto importante é que por conta da alta taxa de nitrogênio e proteínas da dieta das impalas, esses animais são obrigados a viverem próximos a regiões com abundância em água, afinal, a excreção desses dois compostos exige uma grande quantidade de líquidos.

Pesquisadores observaram que uma impala permanece no máximo a cerca de 8km de distância de um rio ou fonte de água, sendo que a maioria do bando permanece em uma proximidade de 1.6km.

Impalas até conseguem ficar um período curto sem água, mas para isso, é necessário que se alimentem de comidas suculentas que supram parcialmente a sua demanda de líquidos.

Alimentação

As impalas são animais ruminantes, ou seja, são herbívoros com vários compartimentos gástricos que trabalham através da dupla mastigação. Em outras palavras, as impalas mastigam e ingerem o alimento, posteriormente, o bolo alimentar volta até a boca para passar por uma segunda mastigação, por fim, ele é levado novamente até o estômago.

A ampla diversidade alimentar encontrada nas impalas pode ser demonstrada ao analisar o comportamento desses animais durante a alimentação, que buscam folhas, galhos, arbustos e árvores com folhas verdes ou secas.

Por conseguir se alimentar tanto de monocotiledôneas (plantas com apenas um cotilédone na semente) quanto de dicotiledôneas (plantas com dois cotilédones na semente), as impalas garantem uma ampla opção nutritiva responsável por garantir um sucesso adaptativo e densidade populacional dessa espécie no meio.

Uma curiosidade bem interessante, é que as impalas são consideradas animais “alimentadores concentrados”, ou seja, possuem a capacidade de selecionar os alimentos mais saborosos e suculentos, suculência essa, que como dito anteriormente, pode ser crucial para sobrevivência do animal em locais de seca.

Comportamento

As impalas andam em grupo, sendo que o tamanho do bando, será determinado pela época do ano. Em períodos mais secos, os grupos apresentam de 6 a 20 indivíduos, nos períodos chuvosos e úmidos normalmente apresentam de 50 a 100 indivíduos.

Os períodos de acasalamentos se iniciam em janeiro, quando os dias da África Austral ficam menores, resultando em um aumento da testosterona nos machos, que por sua vez, ficam cada vez mais agressivos e lutam entre si por domínio de território.

As impalas são animais diurnos, mas podem apresentar alguns comportamentos durante a noite. Quando estão migrando, se movem lentamente e frequentemente são avistados por predadores, como guepardos, leões e pítons.

Um comportamento bem interessante é a aliança que acontece entre impalas e macacos. Juntos eles desenvolveram uma estratégia de anti-predação. Quando os macacos avistam predadores, os mesmos emitem sons que são captados pelas impalas, que ligam seu estado de alerta e na maioria das vezes conseguem escapar de uma provável predação.

Referências:

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HUNTER, L. T. B.; SKINNER, J. D. Vigilance behaviour in African ungulates: the role of predation pressure. Behaviour, v. 135, n. 2, p. 195-211, 1998.

MOORING, Michael S.; HART, Benjamin L. Costs of allogrooming in impala: distraction from vigilance. Animal Behaviour, v. 49, n. 5, p. 1414-1416, 1995.

SKINNER, John D.; CHIMIMBA, Christian T. The mammals of the southern African sub-region. Cambridge University Press, 2005.

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