Meteoro de Chelyabinsk

Por Felipe Araújo
Categorias: Astronomia
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

No dia 15 de fevereiro de 2013, vídeos e palavras-chaves sobre um meteoro que acabara de atingir a Rússia ganharam força em várias redes sociais. Após às 9h20 (horário de Brasília) daquele dia, tags como #meteoronarussia ou apenas #meteoro figuraram nos trending topics do Twitter. No Youtube e no Facebook, eram postados vídeos em que se via o rastro do meteoro no céu da Rússia. Muitos não acreditaram, achando que seria mais uma jogada de marketing ou um vídeo viral. Porém, momentos após, os veículos de comunicação da Rússia confirmaram que um meteoro havia atingido a atmosfera terrestre na região dos Urais e explodido sobre a cidade de Chelyabinsk.

De acordo com informações de institutos de pequisa russos, ao adentrar a atmosfera da Terra, o meteoro teria 17 metros de diâmetro e 10 mil megagramas de massa, produzindo 500 quilotrons de energia durante a ocorrência do fenômeno. A liberação de energia do evento superou, até mesmo, a da bomba de Hiroshima, que liberou aproximadamente 13 quilotons. Depois de se dividir em pequenos pedaços sobre Chelyabinsk, a parte mais volumosa do objeto afundou no lago Chebarkul.

Após o incidente, a RIA Novosti, uma das principais agências de notícias da Rússia, informou, através de órgãos oficiais, a detecção de uma explosão em uma altitude de 10 mil metros, na troposfera. Porém, a Academia de Ciências da Rússia indicou a distância de aproximadamente 50 quilômetros de altitude. Já a velocidade do objeto seria de 108 mil quilômetros por hora. A duração do evento foi de 32,5 segundos.

Mil e duzentas pessoas foram socorridas devido aos efeitos causados pelo meteoro de Chelyabinsk. A onda de impacto do objeto estilhaçou vidros e causou danos. Prédios e casas da região onde o evento ocorreu foram danificadas, sendo que duas pessoas foram atendidas em estado grave. Em Chelyabinsk, foram projetadas sombras enormes que resultaram do calor do atrito entre o ar atmosférico e o meteoro e puderam ser vistas a olho nu de áreas vizinhas.

Desde o ano de 1908, quando ocorreu o evento de Tunguska, esse foi o maior objeto a adentrar a atmosfera da Terra. O incidente serviu de alerta para a comunidade científica internacional, pois, o meteoro de Chelyabinsk fazia parte de um grupo de asteroides chamado Apollo, que orbita próximo à Terra de forma perigosa. Neste grupo, o asteroide 99942 Apophis pode atingir a Terra de 2036.

Fontes:
http://exame.abril.com.br/ciencia/noticias/redes-sociais-recebem-enxurrada-de-videos-sobre-meteoro
http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/meteorito-de-chelyabinsk-e-composto-em-maior-parte-por-mineral-de-silicatos,66f3263a06d1d310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meteoro_de_Cheliabinsk

Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!