Esdras

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 “Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus do céu me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá” (Ed 1:2)

 O livro de Esdras faz parte do Velho Testamento, e é continuação do segundo livro de crônicas. A tradição atribui este livro a Esdras, um escriba e sacerdote, descendente de Arão, e que dedicou a vida a estudar e ensinar a palavra de Deus durante o exílio dos israelitas na Babilônia. No entanto ainda não há um consenso entre os estudiosos quanto a sua autoria. Inclusive, existe um segmento de historiadores que afirmam que manuscritos mais antigos, Esdras e Neemias constituíam um único livro com características semelhantes quanto ao estilo e conteúdo. A seção escrita em primeira pessoa pode ser atribuída a Esdras, por exemplo “e que estendeu para mim a sua misericórdia perante o rei, os seus conselheiros e todos os seus príncipes poderosos. Assim, me animei, segundo a boa mão do Senhor, meu Deus, sobre mim, e ajuntei de Israel alguns chefes para subirem comigo” (Ed 7:28). Entretanto não há como determinar se foi um único editor que compilou o livro e acrescentou nele os escritos de Esdras ou se foi o próprio Esdras que preparou todo o texto.

Ao descrever a volta de alguns israelitas que estavam aprisionados na Babilônia, e a vida restaurada deles já em Jerusalém e a adoração no templo, Esdras ajuda o povo a reorganizar a sua vida religiosa e social a fim de que as tradições espirituais de Israel sejam conservadas.

E foi Ciro, o Rei da Pérsia, que assinou o decreto 538 AC libertando o primeiro grupo de israelitas para voltarem da Babilônia. Anos depois, outro grupo volta para Jerusalém, dirigido por Esdras, um escriba versado na lei de Deus. Havia passado mais de cinqüenta anos desde o dia em que os babilônios (também conhecido como caldeus) haviam derrubado os muros de Jerusalém, incendiaram os seus palácios e também o templo – essa passagem está descrita no livro de Coríntios. Nessa invasão a maioria dos que conseguiram escapar dos incêndios haviam sido levados cativos. E foi após o decreto de Ciro, com a volta deles para a cidade, que o tempo foi reconstruído e inaugurado, e o Senhor foi adorado de novo em Jerusalém. O profeta Isaías se refere a Ciro chamando-o de pastor que digo de Ciro: Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado” (Is 44:28) e de ungido do Senhor Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis; para abrir ...” (Is 45.1).

Bibliografia:
A Bíblia da Mulher: leitura, devocional, e estudo. 2 ed, Barueri SP: sociedade Bíblica do Brasil 2009.
Bíblia sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil 2 ed Barueri SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 1988, 1993.

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