Anselmo Duarte

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O ator, roteirista e diretor de cinema Anselmo Duarte Bento nasce na cidade de Salto, em São Paulo, no dia 21 de abril de 1920. Seu grande sonho de menino era ter a mesma profissão do irmão Alfredo, ou seja, ser projecionista. Já aos dez anos ele iniciava na carreira cinematográfica como molhador de tela.

Nesta etapa da história do cinema, na época dos filmes mudos, o projetor era situado atrás da tela, o que provocava seu inevitável aquecimento. Para evitar um possível incêndio, o molhador lançava água a cada vez que dois rolos de filme eram transmitidos para o público. Esta situação é retratada em um dos filmes por ele dirigido, O Crime do Zé Bigorna.

Anselmo se tornou famoso ao conquistar, em 1962, a Palma de Ouro e o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes com O Pagador de Promessas, no qual ele atuou como cineasta e roteirista. Foi um feito e tanto, pois ele concorreu com diretores como Luis Buñuel, Michelangelo Antonioni e Robert Bresson. Esta produção foi também candidata ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Mas sua carreira começou bem antes, no campo da interpretação, no filme inconcluso do diretor Orson Welles, It's all true, de 1942. Nos anos 40 e 50 Anselmo foi o protagonista de vários filmes da Cinédia, Atlântida e Vera Cruz, as famosas chanchadas. Ele estreou na direção com a produção Absolutamente Certo, comédia lançada em 1957.

A partir da sensação causada pela obra O Pagador de Promessas, os cineastas adeptos do recém-nascido movimento cinematográfico conhecido como Cinema Novo, entraram em conflito com Anselmo, que se sentiu perseguido e marginalizado por este grupo de diretores, que combatia incessantemente sua produção premiada e, posteriormente, sua obra Veredas da Salvação, de 1964, aclamada nos países estrangeiros e mal recebida pela mídia brasileira.

Outro filme premiado foi Sinhá Moça, produzido pelos estúdios da Vera Cruz em 1953 e dirigido por Tom Payne, no qual ele atua apenas como ator. Um de seus trabalhos prediletos, conquistou o Prêmio Especial do Júri, em Veneza. Da safra cinematográfica da Cinédia, Anselmo se sobressai na obra Pinguinho de Gente, lançada em 1947.

Além desses trabalhos, Duarte atuou igualmente em Carnaval no Fogo, de Watson Macedo, filmado pela Atlântida, e se destacou de forma brilhante em Tico-Tico no Fubá, interpretando o músico Zequinha de Abreu. Anselmo protagonizou também o filme Independência ou Morte, de 1972.

Em 1971 ele integrou o júri do Festival de Cannes. Na televisão, em 1979, ele fez um pequeno papel na novela Feijão Maravilha, produção da Rede Globo. Sua última atuação foi como ator no filme Brasa Adormecida, do diretor Djalma Limongi Batista, lançado em 1987.

Anselmo Duarte morreu no dia 7 de novembro de 2009, vítima de sérias implicações provocadas por um acidente vascular cerebral, aos 89 anos. Ao que parece, ele vinha combatendo arduamente um câncer na bexiga. Ele deixou os filhos Ricardo Duarte, Anselmo Duarte Júnior, Lídia Soares Duarte e Regina Hooper Duarte. Anselmo foi enterrado em Salto, sua cidade natal.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anselmo_Duarte
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_300.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasa_Adormecida
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1370224-5605,00-DIRETOR+E+ATOR+ANSELMO+DUARTE+MORRE+AOS+ANOS+EM+SP.html

Arquivado em: Biografias
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