RNA

Por Márcio Santos Aleixo

Bacharel em Ciências Biológicas (UNITAU, 2012)
Pós-graduação Lato Sensu em Perícia Criminal (Grupo Educacional Verbo Jurídico, 2014)

Categorias: Citologia, Genética
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A sigla RNA significa RiboNucleic Acid, que, traduzindo para o português, significa ácido ribonucléico. Por essa razão, é comum encontrar na literatura a sigla ARN para se referir ao RNA. Assim como todos os tipos de ácidos nucléicos, essa molécula é composta de nucleotídeos, podendo ser encontradas no núcleo e espalhadas por todo o citoplasma da célula.

Estruturas do DNA e RNA. Ilustração: Designua / Shutterstock.com

Como mencionado no parágrafo anterior, o RNA se constitui de nucleotídeos. Esses nucleotídeos são polímeros constituídos de uma molécula de açúcar com cinco carbonos denominado ribose, um fosfato (mais especificamente, ácido fosfórico) e uma base nitrogenada. Essas bases nitrogenadas, por sua vez, podem ser púricas ou pirimídicas. No caso das púricas, elas são as mesmas encontradas no DNA: a guanina e a adenina. Já com relação às pirimídicas, elas são a citosina e a uracila. Assim, as bases nitrogenadas presentes na fita de RNA se diferenciam das do DNA pela uracila ser utilizada no lugar da timina.

Após entender o que são os nucleotídeos, é necessário que se entenda a organização e a estrutura do RNA. A molécula de RNA é estruturada em uma cadeia simples, ou fita única, composta por diversos nucleotídeos. Além disso, o RNA pode ser encontrado em três formas diferentes: um filamento simples, uma fita com dobras se apresentando em forma de trevo e associada a ribossomos. Nesse sentido, é possível observar três tipos de RNA distintos. São eles: o RNA transportador (tRNA), o mensageiro (mRNA) e o ribossômico (rRNA).

A quantidade de nucleotídeos presentes na molécula de RNA é, embora ainda “grande”, bem menor do que a quantidade presente no DNA. Isso acontece, justamente, por causa da função daquela molécula, que está bastante relacionada com a do DNA, como será visto adiante.

Função

A função do RNA está intimamente ligada à função do DNA, comandar e coordenar os processos celulares, e à produção de proteínas. Para facilitar o entendimento, vamos fazer uma analogia. O DNA seria o gerente de uma indústria, que comanda todos os processos internos. Entretanto, esse gerente não consegue conversar com os funcionários por dois motivos: ele fica fechado na sala dele (no núcleo) e porque ele não fala o idioma dos funcionários. É exatamente aí que o RNA entra! O RNA é criado para fazer essa ligação entre o comando e a informação do DNA e o funcionamento das organelas e estruturas celulares. Isso ocorre por um processo chamado transcrição.

Em uma análise um pouco mais profunda, as informações codificadas no DNA são transcritas em RNA para que as proteínas possam ser sintetizadas. Após isso, o RNA construído pode passar por um processo conhecido como tradução, que resultará na síntese das proteínas. Nesse sentido, essas proteínas são formadas por aminoácidos. E, por fim, cada um desses aminoácidos é construído a partir de um códon, que se trata, basicamente, de um trecho de RNA com uma sequência de três nucleotídeos.

Enfim, o RNA se trata de uma fita simples de ácidos nucleicos que pode ser encontrada em três formas e tipos diferentes. Além disso, os ácidos ribonucleicos trabalham em conjunto com o DNA na síntese de proteínas e, consequentemente, na coordenação das funções celulares.

Bibliografia:
Junqueira, L. C. & Carneiro, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª Edição. Editora Guanabara Koogan. 338 páginas. 2012.

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