Aminoácidos

Graduação em Ciências Biológicas (Unicamp, 2012)
Mestrado Profissional em Conservação da Fauna Silvestre (UFSCar e Fundação Parque Zoológico de São Paulo, 2015).

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Os aminoácidos são moléculas orgânicas que servem como unidade fundamental na formação de proteínas.

Em sua estrutura molecular encontramos sempre um carbono central (C), chamado de α, ligado a um hidrogênio (H), a um grupo carboxila (COOH), a um grupo amina (NH2) e a um radical “R”, que muda de aminoácido para aminoácido. É esse radical que determinará as características de um aminoácido e o diferirá um do outro.

Existem dezenas de tipos de aminoácidos na natureza, mas apenas vinte aparecem no código genético, os quais chamamos de principais e alguns especiais que só aparecem em algumas proteínas. Dos vinte principais que formam as proteínas, dividimos em grupos:

Aminoácidos não essenciais

São os que nós humanos conseguimos sintetizar em nosso organismo;

Aminoácidos essenciais

São aqueles que não produzimos, sendo necessária a ingestão de determinados alimentos. São eles: triptofano, valina, fenilalanina, treonina, lisina, isoleucina, leucina, histidina e metionina. A maioria deles nós encontramos em alimentos de origem animal: carne, leite, ovos, etc.

Apesar dos vegetais conseguirem sintetizar todos os tipos de aminoácidos que precisam para sobreviver, não encontramos todos os essenciais em um só vegetal. Então é importante nas dietas vegetarianas a diversidade na alimentação, principalmente cereais, como trigo, aveia, quinoa; leguminosas, como feijão, grão de bico, lentilha, soja e oleaginosas, como castanhas e nozes.

Existem ainda os aminoácidos essenciais ocasionais, o que significa que são produzidos por organismos saudáveis, mas em determinadas situações de patologias, nosso corpo pode não produzi-los. São eles: cisteína, glicina, prolina e tirosina.

Os aminoácidos podem ainda sofrer outras divisões, segundo o “R” de cada um deles:

  • Aminoácidos apolares: o grupo “R” é uma cadeia lateral apolar, ou seja, são hidrofóbicos. É o caso da alanina, leucina, valina, cisteína, glicina, prolina, isoleucina, metionanina, triptofano e fenilalanina.
  • Aminoácidos polares neutros: o grupo “R” é uma cadeia lateral polar sem carga elétrica, ou seja, neutra. São hidrofílicos e geralmente contêm hidroxilias, sulfidrilas e aminas. São os: Glicina, Serina, Treonina, Cisteína, Tirosina, Asparagina e Glutamina.
  • Aminoácidos polares ácidos: São hidrofílicos e o grupo “R” é uma cadeia lateral com carga negativa, normalmente possuem grupo carboxila, além daquela da estrutura geral. É o ácido glutâmico e ácido aspártico.
  • Aminoácidos polares básicos: São hidrofílicos e o grupo “R” é uma cadeia lateral básica, carregada positivamente, possuem grupo amino. São eles: Histidina, lisina e arginina.
Naturais Essenciais
Glicina Histidina Fenilalanina
Alanina Asparagina Valina
Serina Glutamina Triptofano
Cisteína Prolina Treonina
Tirosina Lisina
Ácido Aspártico Leucina
Ácido Glutâmico Isoleucina
Arginina Metionina

Funções de alguns aminoácidos

  • Leucina, isoleucina e valina: Conhecidos como BCAA, estão envolvidos na reparação muscular, aumento de proteínas e durante atividades físicas ajudam na produção de energia.
  • Arginina: melhora a memória, ajuda na resistência física, aumenta o desempenho em atividades físicas. É utilizada como suplemento para treinos musculares.
  • Alanina: Envolvida no metabolismo para obtenção de energia.
  • Treonina: Está envolvido na síntese de colágeno e elastina.
  • Metionina: Está envolvida na resposta imunológica do nosso corpo, sua falta pode ocasionar a queda de cabelo.
  • Triptofano: Utilizado na produção de outros aminoácidos, alguns pesquisadores afirmam que bons níveis de serotonina associado com bons níveis do triptofano garantem um nível estável de ânimo em uma pessoa, contribuindo contra a depressão.

Há também alguns aminoácidos especiais, que aparecem em algumas proteínas específicas. É o exemplo da N-metilarginina e N-acetillisina encontradas nas histonas.

Leia também:

Referências:

Alberts, B; et al. Fundamentos da Biologia Celular. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 56, 74, 75 p.

Nelson, D. L; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5o ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 72-81 p.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Aminoácido

https://www.significados.com.br/aminoacidos/

http://docentes.esalq.usp.br/luagallo/aminoacidos.html

Arquivado em: Bioquímica
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