Ômega 3, Ômega 6 e Ômega 9

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

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Compostos conhecidos por ômega 3 são ácidos carboxílicos poliinsaturados (apresentam várias duplas ou triplas ligações entre átomos de carbono) que apresentam a primeira dupla ligação a partir do terceiro carbono a contar da extremidade oposta do grupamento carboxílico. São ácidos graxos (com elevado número de carbonos), cujo fórmula contento apenas uma insaturação seria CH3CH2CH=CH(CH2)nCOOH, em que n, quase sempre, é um número ímpar, de forma que a molécula possua um número par de carbonos na cadeia.

São exemplos de compostos dessa natureza o ácido alfa-linolênico e o ácido docosahexanóico. Muitos compostos dessa natureza são considerados essenciais, uma vez que não são produzidos pelo organismo (de forma indógena), carecendo a sua ingestão (exógena).

“A ingestão do ômega 3 auxilia na diminuição dos níveis de triglicerídeos e colesterol ruim LDL, enquanto pode favorecer o aumento do colestrol bom HDL. Possui ainda importante papel em alergias e processos inflamatórios, pois são necessários para a formação das prostaglandinas inflamatórias, tromboxanos e leucotrienos. Podemos encontrá-lo nas nozes, castanhas, peixes especialmente de águas frias, rúcula e nos óleos vegetais, como azeite, canola, soja e milho”1.

O composto chamado de ômega 3 se apresenta sob duas formas diferentes: um ácido graxo encontrado em algumas sementes, como a linhaça, e também em peixes oleosos como o arenque. Essas duas espécies de ômega 3 atuam de modos distintos no organismo, sendo então recomendável o consumo ao menos duas vezes semanais de ambas.

Quase tão populares quanto o ômega 3, compostos conhecidos como ômega 6 constituem uma família de ácidos graxos insaturados que possuem em comum uma terminação ligação entre carbonos na posição 6, ou seja, no sexto carbono a partir da posição metil. Os efeitos biológicos dos compostos da família ômega 6 estão vinculados à sua possibilidade de conversão em compostos chamados eicosanóide, os quais se ligam quimicamente a um grande número de receptores encontrados no organismo. “O ômega 6 é um outro ácido graxo essencial e pode ser encontrado em óleos de sementes como óleo de girassol e produtos feitos com esses óleos2.

O ácido graxo conhecido por ômega 9 pode ser sintetizado pelo organismo humano, mas desde que os compostos ômega 3 e ômega 6 já estejam presentes no organismo. E esses dois últimos tem de ser através da alimentação, pois o organismo não é capaz de produzi-los.  O ômega 9 também pode ser encontrado em óleos, destacando-se as amêndoas e o gergelim. É importante saber-se que “o consumo adequado desses ácidos graxos ajudam a manter a boa saúde, porém, quando o consumo é desbalanceado, pode trazer riscos para a mesma. Por isso nutricionistas dizem que o ideal é consumir mais ômega 3 do que ômega 6, pois o excesso deste pode causar, além de doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer, também retenção de líquidos e aumento da pressão arterial3.

Referências:
1. http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%94mega_3
2. http://becel.com.br/Consumer/Article.aspx?Path=Consumer/HealthyHeartLiving
3. http://www.alimentacao-saudavel.com/veja-como-os-3-omegas-podem-mudar-a-sua-vida
Organização Mundial de Saúde, Genebra, Elementos Traço na nutrição e saúde humanas, Ed. Roca Ltda, São Paulo,SP – 1998.

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