Tutankamon

Por Claudia Souza
Categorias: Civilização Egípcia
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Tutankâmon foi um dos faraós mais famosos no mundo inteiro, graças ao descobrimento de seu sarcófago e tesouros em sua tumba, que proporcionaram novos conhecimentos à cerca dos costumes egípcios.

Máscara mortuária de Tutânkamon, banhada em ouro. Foto: mountainpix / Shutterstock.com

Máscara mortuária de Tutankâmon, banhada em ouro. Foto: mountainpix / Shutterstock.com

Nascido em 1341 a.C. subiu ao trono aos nove anos de idade e governou pouco tempo, morrendo em 1323 a.C. de maneira misteriosa.

Segundo as inscrições, sua educação se iniciou aos quatro anos de idade. Aprendeu a ler, escrever e tinha aulas de religião, aritmética, geometria e medicina. Era comum naquela época, o casamento entre crianças imperiais e irmãs a fim de solidificar o trono; por isso, Tutankamon teve que seguir o protocolo imperial e casou-se com uma princesa quatro anos mais velha que ele, chamada Ankesenamon (filha de Akenaton e Nefertiti).

Seu reinado era orientado por sacerdotes egípcios que o influenciavam a implantar a crença politeísta que Akenaton havia proibido.

Segundo os exames legistas realizados recentemente (2005), os resultados das análises feitas em sua múmia, não revelaram sinais de que o faraó morreu por um golpe dado em sua nuca, como era suspeito. Ele teria morrido aos 19 anos e as análises de seus ossos confirmam que gozava de boa saúde e atendimento médico e que recebeu uma boa alimentação em sua infância. Os raios-X de Tutankamon mostram que os ossos de seu pescoço eram fundidos. Segundo o médico Todd Grey, que examinou as chapas, isso poderia indicar uma síndrome chamada de Klippel-Feil. A característica mais óbvia da desordem é a mobilidade do pescoço. No entanto, ela também pode causar escoliose, anomalias renais, surdez e problemas respiratórios. Levando o seu portador a não conseguir se apoiar o que em caso de queda, pode ser fatal. "Ele deveria ficar instável em pé, e pode ter andado com uma bengala ou com alguém o ajudando", disse.

Seu corpo e seus tesouros foram encontrados pelo egiptólogo Howard Carter em 1922, que após quinze meses de escavações no Vale dos Reis ao Sul do Cairo, finalmente abriram a entrada da tumba para dividir com a humanidade as imagens de uma magnífica coleção de vasos, carruagens, tronos e jóias. Tantos itens encontrados levaram 10 anos para serem removidos. Grande parte está em exposição no Museu do Cairo.

A maldição do Faraó

Corriam rumores de que os hieróglifos da tumba prometiam vingança contra quem a violasse. Todos ficaram sobressaltados quando uma cobra comeu o canário de Carter, fato que indicava um aviso de punição. Outro acontecimento marcante foi a morte por envenenamento de Lord Carnarvon (financiador das expedições).

Durante as escavações, vários trabalhadores morreram ao respirarem os fungos impregnados nas paredes.

Aparência de Tutankâmon

O especialista em reconstrução facial Robin Richards, da Universidade College London, criou uma cópia digital 3D usando informações de raio-X, tiradas em 1968, da múmia de Tutankamon. Ele acrescentou dados sobre a etnia, o sexo e a idade do faraó. Os dados foram enviados para técnicos em efeitos especiais da Nova Zelândia, que acrescentaram cor aos olhos, pele e sobrancelhas. Depois, o modelador facial britânico Alex Fort montou um modelo em fibra de vidro, que está exposto no Museu de Ciência de Londres (Inglaterra).

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