Santo Sepulcro

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A expressão Santo Sepulcro refere-se à área, fora dos muros da antiga cidade de Jerusalém, onde, segundo a tradição cristã, Jesus Cristo teria sido crucificado e mais tarde sepultado (sepulcro). Atualmente, o local é ocupado pela Igreja do Santo Sepulcro, conhecida ainda como a Igreja da Ressurreição (Anastasis) para os cristãos ortodoxos orientais. Por estar em um local que se acredita abranger dois dos episódios mais importantes da Paixão de Cristo, a igreja é considerada o local mais sagrado da religião cristã em todo mundo. Por isso mesmo, a Igreja do Santo Sepulcro tem sido um destino importante de peregrinação desde o século IV, época em que foi erigida.

O edifício original foi fundado pelo imperador romano Constantino em 335, depois da demolição de um templo pagão localizado no mesmo espaço, que se acredita ter sido dedicado a Afrodite, construído por outro imperador romano, Adriano. A igreja foi construída ao redor da colina escavada para procura de vestígios da crucificação e forma um conjunto de três igrejas ligadas ao longo dos três diferentes locais sagrados, incluindo uma grande basílica (o Martyrium visitado pela freira Egeria por volta de 380), um átrio fechado com colunas (o Triportico) construído em torno do tradicional Monte do Calvário, e uma rotunda, chamada de Anastasis ("Ressurreição"), que contém os restos da caverna que Santa Helena (mãe de Constantino) e São Macário (patriarca de Jerusalém), identificaram como o local de enterro de Jesus. A rocha circundante foi cortada, e o túmulo estava envolto em uma estrutura chamada de edícula (do latim "aediculum", pequeno edifício), no centro da rotunda, cuja cúpula foi concluída no final do século IV.

Embora não se tenha certeza absoluta, acredita-se que a Igreja do Santo Sepulcro foi construída sobre o verdadeiro túmulo de Cristo por meio das seguintes pistas:

  • No início do século I, o local era uma pedreira abandonada do lado de fora das muralhas da cidade. Tumbas datadas do primeiro século a.C. e d.C. foram cortadas na parede vertical oeste pelos pedreiros.
  • Os elementos topográficos do terreno da igreja são compatíveis com as descrições do Evangelho, que dizem que Jesus foi crucificado na rocha que parecia um crânio fora da cidade (João 19:17), próximo a uma sepultura (João 19:41-2).
  • A comunidade cristã de Jerusalém realizou cultos no local até 66 d.C., de acordo com os historiadores Eusébio e Sócrates Escolástico.
  • Mesmo quando a área foi trazida para dentro das muralhas da cidade em 41-43 d.C., os habitantes não erigiram construções no local.
  • O imperador romano Adriano construiu um templo dedicado a Afrodite sobre o local em 135 d.C., o que poderia ser uma indicação de que a área era considerada sagrada pelos cristãos, e Adriano buscou reivindicar o local para a religião romana tradicional.

Bibliografia:
Church of the Holy Sepulchre, Jerusalem (em inglês). Disponível em: < http://www.sacred-destinations.com/israel/jerusalem-church-of-holy-sepulchre >. Acesso: 10/02/13.

Arquivado em: Cristianismo
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