Segundo Concílio de Latrão

Por Antonio Gasparetto Junior

Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)

Categorias: Cristianismo
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O Segundo Concílio de Latrão foi realizado no ano 1139.

A morte do papa Honório II, em 1130, trouxe consequências negativas para a Igreja Católica. Na ocasião, a vacância do principal posto dentro do cristianismo gerou uma divisão religiosa que é chamada de cisma. Esta ruptura fez com que Petrus Leonis fosse eleito papa e adotasse o nome de Anacleto II. Entretanto, esta foi uma ascensão com o objetivo de fazer oposição a outro papa, aquele que seria considerado o legítimo sucessor de Honório II, Inocêncio II.

Durante a década de 1130, a Igreja Católica vivenciou a disputa do papa Inocêncio II e do antipapa Anacleto II. O primeiro convocou um concílio na cidade de Pisa, em 1135, para confirmar sua autoridade como sucessor de Honório II e condenar a existência de seu rival, Anacleto II. Porém este continuaria como um opositor ativo até sua morte, que aconteceria três anos depois. A morte de Anacleto, contudo, ajudou muito a aliviar a tensão entre os grupos católicos rivais. Mas, para assegurar seu poder, Inocêncio II convocou um novo concílio.

O Segundo Concílio de Latrão foi o décimo concílio ecumênico da história da Igreja Católica. Foi um encontro que reuniu aproximadamente mil prelados no Palácio de Latrão, em 1139. Na ocasião, todos aqueles que tinham sido ordenados ou instituídos de alguma forma por Anacleto II tiveram seus direitos revogados por Inocêncio II, agora o único papa em exercício. O objetivo do encontro era justamente neutralizar os efeitos do cisma que havia marcado a década. De tal forma que o rei Rogério II da Sicília foi excomungado por manter uma postura cismática.

Para além dos problemas gerados pelo cisma na Igreja Católica, o Segundo Concílio de Latrão também tocou em pontos morais, discutindo medidas de disciplina eclesiástica que os religiosos julgavam que estavam perdendo a rigidez. Foram editados trinta cânones, ou seja, conjuntos de regras, que versavam sobre várias características da vida eclesiástica. Entre elas, reforçou-se a invalidez do casamento de padres, foram determinadas as vestimentas dos religiosos e, claro, condenou-se, novamente, os clérigos excomungados.

Fontes:
http://www.rotadoromanico.com/SiteCollectionDocuments/Sociedade/A_Reforma_Papal_a_Continencia_e_o_Celibato_Eclesiastico.pdf
http://www.espacoacademico.com.br/086/86romero.pdf

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