Atrofia Girata

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças genéticas
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A atrofia girata consiste em uma rara doença hereditária autossômica recessiva, que se caracteriza pela presença de atrofia coriorretiniana progressiva resultando na gradativa deterioração da visão noturna e periférica, causando cegueira.

Esta doença é consequência de um erro inato do metabolismo. O gene mutado é encontrado no cromossomo 10 e é responsável por codificar uma enzima denominada ornitina cetoácido aminotransferase (OAT). Diferentes mutações na OAT é que determinam a severidade da sintomatologia da doença.

Este distúrbio foi descrito pela primeira vez no ano de 1888, por Jacobson e, logo em seguida, no ano de 1896, Fuchs nomeou a mesma. Contudo, sua base química, ou seja, a deficiência da OAT foi evidenciada somente em 1973. No ano de 1988, Inana descreveu com maiores detalhes a fisiopatologia dessa doença.

As manifestações da atrofia girata inclui a perda gradual da visão, cegueira noturna, com posterior desenvolvimento de catarata subcapsular na segunda década de vida, constrição progressiva do campo visual e eventual perda de visão central na quarta a quinta décadas de vida.

O diagnóstico é feito por meio de exame laboratorial capaz de evidenciar o nível sanguíneo de OAT que, na doença em questão, encontra-se elevado, juntamente com exames oftálmicos que revelam alterações coriorretinianas.

O tratamento da atrofia girata visa manter os níveis da OAT próximos do normal, por meio de uma dieta restrita em alimentos que elevam a dosagem dessa enzima e da administração de piridoxina (vitamina B6) capaz de estimular a atividade da OAT.

Fontes:
http://www.scielo.br/pdf/abo/v66n4/17393.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK22249/
http://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT00001166
http://www.biomedcentral.com/1752-1947/1/27

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