Bartholinite

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A Bartholinite consiste na inflamação das glândulas de Bartholine, que são glândulas acessórias do aparelho genital externo feminino, situadas ligeiramente abaixo da abertura da vagina, em ambos os lados, responsáveis por secretar muco que auxilia na lubrificação da vagina.

Normalmente, a bactéria responsável por infectar estar glândula é a Neisseria gonorrhoeae. A sintomatologia costuma surgir dentro de 2 a 6 dias após a infecção, que ocorre por meio da relação sexual com um parceiro infectado.

Todavia, esta patologia também pode resultar da infecção por outros agentes, como a clamídia (sexualmente transmissível) e bactérias da flora intestinal (estafilococos, estreptococos e E. coli)

Muitas mulheres são assintomáticas, porém, as que não são, podem desenvolver lesões na vulva, que tipicamente limitam-se às glândulas de Bartholine e que podem vir associadas a prurido, queimação, dor e secreção de coloração amarelo-esverdeada. Além disso, também pode surgir incontinência urinária e disúria, sangramento, inchaço, febre, vermelhidão vulvar, presença de uma massa volumosa na saída da vagina e dor pélvica. Esta última pode levar a um desconforto para caminhar e sentar, bem como dor durante o ato sexual.

O tratamento desta afecção é amplo, abrangendo:

  • Antibioticoterapia: deve ser utilizado antibiótico para combater a bactéria que está infectando a glândula de Bartholine.
  • Banhos de assento: ficar sentado em uma banheira com água morna diversas vezes ao dia, por três a quatro dias, pode ajudar no alívio da dor e na drenagem espontânea do abscesso.
  • Drenagem cirúrgica: realizado quando o paciente sente muitas dores e dificuldade para se locomover e sentar. Geralmente é feita somente com anestesia local e, por conseguinte, realiza-se uma pequena incisão, após assepsia, para permitir a drenagem do abscesso.
  • Marsupialização: quando os abscessos são recorrentes, sempre após a resolução de um quadro agudo. Geralmente este método é eficaz na prevenção de recidivas e preserva a glândula. Esta técnica é feita por meio da abertura do abscesso, expondo os bordos do mesmo que são, por conseguinte, unidos à pele do vestíbulo, em cada lado da incisão, criando uma abertura permanente.
  • Bartolinectomia: quando não se obtém resultados positivos em nenhum dos procedimentos anteriores, outra opção é a ressecção cirúrgica da glândula de Bartholine, mas raramente isso é necessário.

A melhor forma de se prevenir o surgimento desta infecção é praticando sexo seguro, com o uso de preservativo, além de sempre manter bons hábitos de higiene das partes íntimas.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bartholinite
http://www.medicinageriatrica.com.br/2012/03/30/bartholinite-o-que-e/
http://drafernandaribeiro.site.med.br/index.asp?PageName=Bartholinite

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Arquivado em: Doenças bacterianas
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