Hepatite Auto-Imune

Por Neuda Batista Mendes França
Categorias: Doenças digestivas
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A hepatite auto-imune é uma inflamação crônica do fígado sem causa conhecida. Sabe-se somente que é uma doença infecciosa, originada por distúrbios do sistema imunológico. Algumas doenças presentes no corpo humano fazem com que as células de defesa do indivíduo (anticorpos) causem inflamação e dano ao fígado. Acredita-se que o individuo tenha uma predisposição genética para desenvolver a doença, e que vírus e bactérias podem desencadear o processo autoimune. É uma doença típica de mulheres jovens, mas pode atingir crianças e adultos de qualquer sexo.

Sintomas: Assim como as outras hepatites os sintomas mais freqüentes e semelhantes ao da gripe são – fraqueza; cansaço; perda de apetite e de peso; dor de cabeça, náuseas (enjôo), vômitos, febre; dores no corpo e nas juntas. Em aproximadamente 25% dos casos, quando os sintomas se intensificam, verifica-se icterícia (cor amarelada da pele e mucosas), fezes claras (cor de massa de vidraceiro), urina escura (cor de Coca-Cola), excesso de pêlos, espinhas e alterações menstruais nas mulheres jovens. Quase 50% dos pacientes têm outras doenças concomitantes como diabetes da criança e adolescente, tireóide, artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico. Pode-se notar o aumento do tamanho do fígado, e dor quando se apalpa a região abaixo das costelas do lado direito. A duração dessa fase varia de 1 a 4 meses.

Com o passar dos anos, a Hepatite Autoimune pode evoluir para cirrose e/ou câncer de fígado.

Diagnóstico: Através de exames de sangue. Mas, para saber a fase e a gravidade da doença pode ser feita a ecografia ou a biópsia hepática que consiste em retirar um pequeno fragmento do fígado com uma agulha para ser analisado no microscópio. Este teste pode demonstrar desde uma inflamação leve e diferente da hepatite causada por vírus até a cirrose.

Tratamento: Pelo uso de corticóides (assemelhados da cortisona) associados ou não a outros medicamentos, como a azatioprina, que modificam favoravelmente o curso da doença. O tratamento realizado de forma permanente controla a inflamação de 80 a 90% dos casos, porém a doença volta se este for suspenso. Pela dificuldade e pelos efeitos indesejáveis do tratamento prolongado, a decisão de tratamento deve ser estudada e discutida entre o especialista e o paciente.

Prevenção: Não se conhece até hoje formas de prevenção da hepatite auto-imune, uma vez que não se conhece como a doença ocorre.

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