Mastocitose

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Doenças
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

A mastocitose é um termo que abrange diversas patologias caracterizadas pelo acúmulo de mastócitos na pele, com ou sem comprometimento de outros órgãos e tecidos, especialmente na medula óssea e no trato gastrointestinal.

Pode ser dividida em:

Houve progresso nos estudos da etiopatogenia dessa doença nos últimos anos, com a evidenciação de mutações gênicas específicas. Consequentemente ao progresso no conhecimento da oncogênese, do crescimento e da diferenciação dos mastócitos, houve uma melhor compreensão da hiperplasia patológica dessa célula, embora ainda não tenha sido completamente elucidada.

A forma mais comum dessa doença limita-se aos sintomas cutâneos, principalmente em crianças, ou então, pode acometer outros órgãos, como o baço, estômago, intestinos, fígado, linfonodos e ossos. As formas mais infrequentes podem estar relacionadas a uma enfermidade grave do tecido sanguíneo (como, por exemplo, a leucemia, o linfoma, a neutropenia ou uma afecção mieloproliferativa) ou a doenças muito graves denominadas leucemia de mastócitos e mastocitose agressiva. Aproximadamente 90% dos pacientes portadores da mastocitose comum e menos de 50% dos pacientes portadores de outras formas de mastocitose apresentam urticária pigmentosa.

Alguns indivíduos acometidos pela mastocitose podem apresentar dores articulares e ósseas que tendem a sofrer severas reações alérgicas, inclusive sintomatologia similar à da anafilaxia. Úlceras gástricas e diarréias crônicas também podem estar presentes, decorrentes da excessiva síntese de histamina.

Para ser alcançado o diagnóstico, é necessário realizar anamnese e exame físico detalhados. A comprovação da doença é  feita por meio de exame anátomo-patológico da lesão. Outros exames laboratoriais podem ser solicitados na procura do quadro sistêmico. Caso haja a suspeita do envolvimento sistêmico, o hemograma completo deve ser solicitado no começo da investigação e em intervalos curtos. Conforme as manifestações clínicas vão surgindo, outros exames podem ser necessários, como: ultra-sonografia do abdome quando houver suspeita de mastocitose sistêmica; densitometria óssea no caso de presença de dor óssea; mielograma, caso sejam observadas alterações como anemia, leucocitose persistente, eosinofilia inexplicável, dor óssea, hepatoesplenomegalia ou linfadenomegalia.

Ao longo dos anos, mais mastócitos acumulam-se, levando ao aumento gradativo dos sintomas. Todavia, estes podem ser controlados por meio de medicações, que consistem em dois tipos de anti-histamínicos: bloqueadores dos receptores de histamina 1 (utilizado em casos de alergias) e bloqueadores dos receptores de histamina 2 (utilizado em casos de úlceras pépticas). Caso a mastocitose associe-se a alguma outra patologia grave, o tratamento torna-se muito mais complexo.

Fontes:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962009000300002
http://www.scielo.br/pdf/jped/v78n2/v78n2a18.pdf
http://www.tuasaude.com/mastocitose/
https://web.archive.org/web/20060718075135/http://www.drashirleydecampos.com.br:80/noticias.php?noticiaid=16776&assunto=Alergia
http://www.manualmerck.net/?id=195&cn=1692

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!