Pseudartrose

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A definição genérica de pseudartrose é “Articulação anormal entre as extremidades de uma fratura cuja consolidação não chegou a fazer-se”. Em suma, a pseudartrose ocorre quando, seguido a uma fratura, ou mesmo a uma artrose, acontece um retardo na consolidação do(s) osso(s) envolvido(s), por conta de procedimentos equivocados ou mesmo depois de já terem sido aplicadas as técnicas devidas. Não há uma causa definida como responsável pela ocorrência da pseudartrose, mas, na maioria dos casos, uma grande responsável por esse quadro é uma circulação sanguínea deficiente. Aliam-se a essa o estilo e a condição de vida do paciente (tabagismo, diabetes, por exemplo).

Podemos perceber ainda como facilitadores para a ocorrência de pseudartrose fatores locais à fratura, como manipulação e imobilização equivocadas. Não é uma doença rara, porém boa parte da população nunca ouviu falar de tal.

O fato de estar a fratura vascularizada ou não faz a diferença do diagnóstico de pseudartrose hipertrófica ou atrófica. No primeiro caso, os ossos envolvidos estão bem vascularizados, no segundo, existe deficiência na vascularização.

Atualmente, segundo alguns estudos, as principais fraturas que desenvolvem para pseudartrose são as da Tíbia.

Acontecem alguns casos da fratura ocorrer sem que o paciente perceba, por se tratar de uma fratura de baixo desprendimento. Isso colabora para o surgimento da pseudartose.

Como suspeitar se tenho uma fratura onde desenvolveu-se pseudartrose?

A sintomatologia não é bem específica. Sente-se dor na região, pode ocorrer edema (como consequência de hemartrose), perda de força, dificuldade de flexoextensão.

Diagnóstico

A maioria dos profissionais opta como forma mais eficaz de diagnóstico da pseudartrose o exame clínico, com manipulação cuidadosa da fratura, aliado a radiografias e até tomografias computadorizadas. Porém deve-se realizar um estudo minucioso, pois em alguns exames radiológicos, não são apresentadas as fraturas, consequentemente, a pseudartrose.

Tratamento

Os métodos de tratamento mais utilizados são o auto-enxerto, a estimulação electromagnética, a osteossíntese com placas e parafusos, o encavilhamento endomedular, a fixação externa e em última instância, a amputação.
O ato cirúrgico para a realização de enxerto ósseo vascularizado é escolhido pelo fato supracitado como uma das principais causas de pseudartrose ser a baixa vascularização do osso fraturado.

Existe ainda um método brasileiro desenvolvido com um aparelho de ultrassom americano, o EXOGEN. Essa terapêutica utiliza ondas de baixa frequência. O aparelho transforma a energia mecânica em elétrica como ondas de pressão. Fenômeno chamado de efeito piezelétrico. O Dr. Walter Targa, estudioso deste tratamento, afirma que "As ondas atuam sobre os íons de cálcio do osso, direcionando-os e estimulando a regeneração".

Como tratamento futuro aos já mencionados neste artigo, e independente da terapêutica inicial, surge a fisioterapia, na intenção de reabilitação do paciente, devolvendo ao máximo as funções do membro afetado e permitindo o retorno mais eficiente e breve às atividades do cotidiano da vítima. O desenvolvimento do tratamento fisioterápico depende do quadro clínico do paciente e torna-se particular.

Fontes:
http://www.usp.br/agen/repgs/2005/pags/082.htm
http://pt.scribd.com/doc/56637781/PSEUDARTROSE-DA-TIBIA-Teresa-Magalhaes-Joao-Oliveira-Rui-Faustino-Carlos-Dias-Leonor-Paulo-Francisco-Infante
http://www.sbot-mg.org.br/gerenciador/app/webroot/files/Revista_Mineira.pdf

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Arquivado em: Doenças
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