Teoria populacional reformista

Graduado em Geografia (Centro Universitário Fundação Santo André, 2014)

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A teoria populacional reformista surge no pós Segunda Guerra Mundial, e traz uma visão contrária as teorias Malthusiana e a Neomalthusiana (sua contemporânea), que acreditam no subdesenvolvimento dos países como resultado do alto índice populacional, do outro lado os reformistas consideram que esse crescimento da população é o resultado de um intenso processo de exploração que os países menos desenvolvidos sofreram a partir dos mais desenvolvidos.

As bases da Teoria Reformista seguem os ideais do sociólogo Karl Marx, que acredita que o problema da pobreza no mundo está relacionado com a má distribuição de renda, que é desigual, gerando uma pequena parcela da população com as maiores economias, e consequentemente a maior parcela populacional com a renda baixa, a famosa sociedade de classes.

Os reformistas acreditam que devido aos processos de exploração realizados pelos países mais desenvolvidos desde o processo colonial das grandes navegações (principal fator que proporcionou seu desenvolvimento econômico) sobre os países menos desenvolvidos, seja a razão para que estes tenham uma baixa evolução econômica, sendo assim, o crescimento desordenado e acelerado da população é visto como um resultado desses processos exploratórios, assim como a baixa qualidade de vida e falta de escolaridade nesses países, principais aspectos resultantes da superpopulação.

Diferente das outras teorias que entendiam o alto crescimento populacional como um problema que devia ser combatido através de métodos antinatalistas e por contraceptivos apoiados por seus governos, os reformistas acreditam que o elevado índice de natalidade seria diminuído através de investimentos na cultura, educação, infraestrutura, na qualidade de vida desses países. Contrária ao Neomalthusiano (surgem na mesma época), que compreende investimentos nessas áreas como algo que faria o país não ter desenvolvimento econômico e que a população jovem era um gasto para o Estado, indicando seus governos às políticas antinatalistas ao invés de investimentos sociais, os reformistas creem que com investimentos nesses setores a população compreenderia melhor sua realidade tornando a redução das taxas de natalidade um fator natural.

Para os reformistas a solução para a redução da população está na melhoria da qualidade de vida, uma vez que a diminuição do crescimento populacional é visto nos países mais desenvolvidos como algo natural, havendo uma redução das taxas de natalidade nesses países através de sua alta economia e o acesso à educação e cultura. Com isso apoiam uma melhor distribuição de renda para que haja uma evolução econômica nos países menos desenvolvidos, a modo que façam mais investimentos melhorando seus indicadores sociais, e consequentemente reduzindo as taxas de natalidade e sua superpopulação.

Dentre todas as teorias demográficas a reformista é a que melhor explica os fatores do baixo desenvolvimento econômico nos países e suas relações políticas e sociais. Sendo melhor aceita do que as teorias Malthusiana e Neomalthusiana, pois essas são desfeitas e questionadas a partir da dinâmica demográfica atual, que apresenta uma queda acentuada no crescimento populacional dos países em desenvolvimento exatamente pelos fatores apresentados pela teoria reformista, modificando os padrões de crescimento populacional devido a distribuição de renda mais equitativa e com maior acesso à cultura e educação, principalmente nesses países.

Bibliografia

LUCCI, Elian Alabi – Território e sociedade no mundo globalizado: geografia: ensino médio. Vol 3 – 1 ed. – São Paulo: Saraiva, 2010.

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