Lista de questões de vestibulares sobre o tema Urbanização. Ler artigo Urbanização.
A Revolução Industrial transformou a vida da população mundial, que passou a se deslocar para as cidades em busca de trabalho nas indústrias. Sobre a urbanização da população mundial, identifique as afirmativas corretas:
A urbanização mundial iniciou-se no Japão, principal centro industrial e exportador do século XIX, o que promoveu a redução da taxa de mortalidade.
O avanço da urbanização mundial transformou o crescimento natural ou vegetativo da população.
As condições sanitárias foram melhoradas nas cidades, tendo como conseqüência a redução das doenças endêmicas e epidêmicas.
As taxas de natalidade, com a Revolução Industrial, aumentaram na Europa Ocidental, causando explosão demográfica nessa região.
A inserção, cada vez maior, das mulheres no mercado de trabalho tem reduzido taxas de fertilidade nas populações urbanas.
Sobre urbanização, é CORRETO afirmar que:
a forte urbanização brasileira pode ser explicada por vultosos investimentos em áreas degradadas dos principais centros urbanos, o que atraiu grande contingente de trabalhadores.
é possível haver crescimento urbano sem que haja urbanização. Esta só ocorre quando o crescimento urbano é superior ao rural.
a indústria se tornou forte atrativo para as cidades, o que ocasionou intenso êxodo rural.
o crescimento urbano no Brasil se deu de forma harmoniosa, não havendo grandes diferenças entre as regiões e as cidades industriais em franca expansão.
a cidade capitalista é a expressão do próprio modo de produção capitalista, com suas contradições e resistências de grupos menos privilegiados em relação a outros com maiores benefícios.
O deslocamento diário de pessoas entre municípios que fazem parte de uma mesma região metropolitana é denominado de:
migração pendular.
migração internacional.
migração interestadual.
emigração.
êxodo rural.
Observe a imagem abaixo.
Da janela de um avião descendo no aeroporto de Guarulhos, percebe-se que a extensão da malha urbana dificulta a definição dos limites entre os municípios vizinhos ao de São Paulo. O conceito que melhor expressa a unificação da extensão territorial de vários municípios é:
conurbação.
aglomeração.
região metropolitana.
regiões distritais.
desmunicipalização.
As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; e tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar. (...) E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los. E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. Aluísio Azevedo, O cortiço.
As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; e tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar. (...) E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los. E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar.
Aluísio Azevedo, O cortiço.
Nas cidades brasileiras, particularmente no último quartel do século XIX, novas formas urbanas são constituídas, como os cortiços e as favelas. Sobre esse fenômeno, é correto afirmar:
A expansão periférica no século XIX, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, teve significativa presença de cortiços, devido à chegada massiva de imigrantes japoneses.
A primeira favela carioca teve sua origem no forte empobrecimento da população no contexto da crise cafeeira na região serrana do Rio de Janeiro.
A maior concentração dos cortiços da cidade de São Paulo, presentes no último quartel do século XIX, localizava-se na porção mais central da aglomeração urbana.
As primeiras favelas brasileiras se originaram devido à expansão da atividade industrial, no centro da cidade de São Paulo, no início do último quartel do século XIX.
Nas cidades do Vale do Paraíba, durante a expansão cafeeira, os cortiços eram muito frequentes, por conta da presença de imigrantes italianos empobrecidos.
Em termos genéricos, a rede urbana constitui-se no conjunto de centros urbanos funcionalmente articulados entre si. É, portanto, um tipo particular de rede na qual os vértices ou nós representam os diferentes núcleos de povoamento dotados de funções urbanas, e as linhas representam os diversos fluxos entre esses centros. (Adaptado de Roberto Lobato Corrêa, Trajetórias Geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.)
Sobre a rede urbana Brasileira é correto afirmar que:
formou-se a partir do interior do continente, com o nascimento das cidades “boca de sertão”, funcionais para o povoamento e a exploração do ouro.
já no início do século XIX, ela deixou de seguir o modelo dendrítico implantado desde o início da colonização para atender à economia agroexportadora.
a partir da segunda metade do século XX, a industrialização implicou forte articulação inter-regional, gerando uma rede urbana de porte nacional.
na atualidade, destaca-se a monofuncionalidade dos principais centros que a formam, dada a especialização das funções urbanas requerida na globalização.
O processo de concentração urbana no Brasil em determinados locais teve momentos de maior intensidade e, ao que tudo indica, atualmente passa por uma desaceleração no ritmo de crescimento populacional nos grandes centros urbanos. BAENINGER, R. Cidades e metrópoles: a desaceleração no crescimento populacional e novos arranjos regionais. Disponível em: www.sbsociologia.com.br.Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).
Uma causa para o processo socioespacial mencionado no texto é o(a):
carência de matérias-primas.
degradação da rede rodoviária.
aumento do crescimento vegetativo.
centralização do poder político.
realocação da atividade industrial.
“Para muitos, a rede urbana existente e a rede de serviços correspondente são apenas reais para os outros. Por isso são cidadãos diminuídos, incompletos”. (SANTOS, Milton. Espaço do Cidadão. São Paulo: Nobel, 1987).
Tendo como referência o texto acima, assinale a alternativa falsa.
Podemos afirmar que a rede urbana interfere no cotidiano dos cidadãos de forma igualitária, não havendo segregação sócio espacial;
Podemos afirmar que o próprio sistema produz a cidade informal e “empurra” as pessoas para as periferias urbanas, gerando a lógica da desordem;
Com o passar dos anos, a periferia se expandia demais e a precariedade do sistema de transportes urbanos levou a população de baixa renda a preferir morar em favelas e cortiços no centro das metrópoles;
No Brasil a rede urbana, o sistema de cidades, tem significados diversos, segundo a posição financeira do indivíduo;
As condições existentes nesta ou naquela região determinam a desigualdade no valor de cada pessoa, tais distorções tem contribuído para que o homem passe literalmente a valer em função do lugar que vive.
O Teatro Amazonas, em Manaus, é uma das construções que fizeram parte da reforma urbana da cidade. Sobre estas reforma, podemos corretamente afirmar:
Sua construção ocorreu ainda no século XVIII, por conta do início da colonização da Amazônia em busca da borracha.
A construção do Teatro tem íntima relação com a popularização da bicicleta e a produção de carros em série, o que demandou uma grande quantidade de pneus.
As telhas, grades de ferro, móveis, mármores e lustres do Teatro Amazonas foram todos fabricados na própria cidade de Manaus, gerando emprego e renda.
A reforma urbana do início do século XIX que deu origem ao Teatro Amazonas foi exclusiva da cidade de Manaus, tendo em vista que as demais grandes e médias cidades brasileiras só realizaram suas reformas no século XX.
O Teatro Amazonas já não existe mais, uma vez que com a decadência do ciclo da borracha, a economia de Manaus entrou em decadência.
Para o "aformoseamento" das principais cidades brasileiras do século XIX, especialmente capitais como Fortaleza e Rio de Janeiro foram contratados os serviços de arquitetos e engenheiros com o propósito de disciplinar esteticamente o espaço urbano para que as cidades pudessem acompanhar os anseios da modernidade. Sobre este processo assinale o que for CORRETO:
Desde o século XVIII, início do processo de formação das cidades europeias, o Velho Continente foi marcado pelo início do pensamento de higienização. A voz do médico comandava as reformas sociais que almejavam a limpeza dos locais públicos aos particulares, da intimidade para a rua.
Higienização significava a limpeza do corpo sujo do pobre, e de seus espaços desfavorecidos, considerados como frutos da ignorância e da falta de moral e não das condições de vida atreladas a um modelo social emergente da cidade. A limpeza do pobre seria a garantia da eliminação dos ares poluídos de epidemias, causadoras das doenças físicas e dos males morais, como, por exemplo, a prostituição, a preguiça, o ócio e a vadiagem.
No Brasil, o pensamento de higienização se estabeleceu desde a chegada dos primeiros povos europeus, especialmente os portugueses, o que condizia com o contexto social na corrida de tirar a colônia de seu atraso econômico e cultural frente aos avanços europeus.
No final do século XIX, o Ceará vivia dias de efervescência política, econômica e cultural envoltos à miséria da seca. Fugindo da seca, os retirantes do sertão levaram para grandes cidades como Juazeiro do Norte e Crato a triste realidade da fome e do abandono, o que chocava as classes privilegiadas que traçavam os planos de "aformoseamento" e de melhoria nas condições de vida dos menos favorecidos.
A remodelação da cidade se constituía apenas numa técnica de planejamento urbano, não numa mecânica de controle das atividades desenvolvidas pelos grupos sociais. Os planos de expansão projetavam as grandes cidades em direção à civilização de modelo europeu, traçando geometricamente as ruas, praças e bulevares, pretendendo dar-lhe um ar de metrópole.