Falha Geológica

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Em geologia, uma falha geológica é uma descontinuidade que se forma pela fratura das rochas superficiais da Terra (até cerca de 200 km de profundidade) quando as forças tectônicas superam a resistência das rochas. A zona de ruptura tem uma superficie geralmente bem definida, denominada "plano de falha" e sua formação é acompanhada de um deslizamento de rochas tangencial a este plano.

Falha de San Andreas. Foto: Ikluft [GFDL (http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html) or CC-BY-SA-3.0-2.5-2.0-1.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)], via Wikimedia Commons

Falha de San Andreas. Foto: Ikluft [GFDL or CC-BY-SA-3.0-2.5-2.0-1.0], via Wikimedia Commons

Os elementos de uma falha são:
  • Plano da falha: Plano ou superfície ao largo da qual se distribuem os blocos que se separam na falha. Com frequência, o plano de falha apresenta estrias, que originam-se pelo atrito dos dois blocos.
  • Lábio levantado: Também chamado Bloco Superior, é o bloco que localiza-se acima do plano de falha.
  • Lábio fendido: Também chamado Bloco Inferior, é o bloco que localiza-se abaixo do plano de falha.

As seguintes características permitem descrever as falhas:

  • Direção: Ángulo que forma uma linha horizontal contida no plano de falha com a extremidade norte-sul.
  • Encosta: Ángulo que forma o plano de falha com a horizontal.
  • Salto de falha: Distância entre um ponto dado de um dos blocos (por exemplo, uma das superfícies de um extrato) e o correspondente ao outro, tomada ao largo do plano de falha.
  • Escarpa: Distância entre as superfícies dos dois lábios, tomada em vertical.
  • Espelho de falha: é a superficie plana ainda que com leve declive, que se projeta ao largo da escarpa da falha
  • Facetas triangulares: são espelhos de falhas que mostram o corte produzido em um filamento montanhoso quando a falha se apresenta em forma perpendicular à direção do mesmo filamento montanhoso mencionado. Tanto a parte fendida como o próprio espelho de falha possuem aspecto triangular, de onde origina-se seu nome.
  • Falhas metamórficas: são falhas exteriores que se dispôem uma sobre a outra.

Uma falha é ativa quando deforma sedimentos quaternários, ou seja, quando mostra evidências de movimentos durante os últimos 1,8 milhôes de anos. Algumas falhas ativas estão ligadas a movimentos tectônicos, o que demonstra que a área continua em pleno movimento e transformação. O deslizamento pode ser repentino em forma de saltos, o que dá lugar a sismos e ocorre um processo que é o choque entre duas falhas distintas, e ao chocarem-se produzen sismos seguidos de períodos de inatividade. Os sismos mais importantes tiveram origem em saltos de 8 a 12 m. O deslizamento também pode dar-se de maneira lenta e contínua, perceptível somente com instrumentos tais como estações GPS, após vários anos de observações.

Leia também:

Bibliografia:
http://www.apolo11.com/curiosidades.php?posic=dat_20071211-092620.inc - Página Apolo 11 - Falhas geológicas brasileiras - onde estão localizadas?
https://web.archive.org/web/20070429080233/http://jasper.rc.unesp.br:80/corumbatai/vd/cp07/7.5.htm - Página da UNESP / Instituto de Geociências e Ciências Exatas - Geomorfologia
http://geocrusoe.blogspot.com/2007/10/falhas-geolgicas.html - Blog Geocrusoe - Falhas Geológicas
http://www.biog1105-1106.org/demos/106/unit08/2a.continentaldrift.html

Arquivado em: Geologia
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