IRA (Irish Republican Army)

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Originado no ano de 1919, o Exército Republicano Irlandês, mais conhecido pela sigla-nome IRA (Irish Republican Army), foi uma célula paramilitar que tinha por objetivo manter a autonomia governamental do território, seguindo acordo anterior firmado com os britânicos. Porém, este acordo fracassou e o IRA organizou-se como braço armado do movimento pela independência, iniciando uma série de ataques contra autoridades e militares britânicos. Depois que o território da Irlanda sofreu a divisão norte-sul, um montante de católicos republicanos exilados na Irlanda do Norte resolveu reivindicar o legado do Exército Republicano Irlandês no ano de 1969. Neste momento, o principal objetivo era retomar a independência da Irlanda do Norte, que estava sob poderio do Reino Unido, e integrá-la à República da Irlanda. Para isso, os integrantes do grupo cometiam atentados contra militares e civis.

O ano de 1972 foi um marco na história da luta do IRA contra os britânicos, pois ocorreu um episódio chamado Bloody Sunday, no qual o IRA cometeu um atentado com a explosão de 22 bombas em Belfast, capital da Irlanda do Norte, causando a morte de 9 pessoas e deixando mais de 100 feridos. Como forma de retaliação às ações do grupo, o governo da Irlanda do Norte iniciou uma invasão aos bairros católicos buscando os culpados pelo ato terrorista. Nesta ação, pessoas foram presas arbitrariamente, interrogadas e torturadas. Com a forte repressão do governo sobre o IRA, a minoria católica fez com que o grupo crescesse, pois viam no IRA a única forma de representação de suas ideias e uma espécie de escudo contra o governo e os protestantes.

Porém, apesar das ações terroristas criadas pelos republicanos e católicos, também existiam células paramilitares pelo lado protestante e unionista. Entre esses grupos, os mais importantes eram o Exército pela Defesa do Ulster (UDA), os Combatentes pela Liberdade do Ulster (UFF) e a a Força Voluntária do Ulster (UFV). Em combate ao IRA, esses grupos perpetraram mais de três décadas de ações violentas.

No cinema, um dos filmes mais famosos que é contextualizado no período de ataques do IRA, foi lançado em 1993: “Em Nome do Pai”. No longa, uma ação terrorista do grupo mata 5 pessoas dentro de um pub de Guilford. Então, Gerry Conlon, um rebelde da Irlanda, é acusado e condenado junto a três amigos. Após a prisão de Gerry, seu pai, Giuseppe Conlon, junta-se à advogada Gareth Peirce e os dois iniciam uma jornada investigando irregularidades do caso.

Fontes:
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/ira-historia-exercito-republicano-irlandes-691364.shtmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Belfast
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=103

Arquivado em: História da Europa
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