Literatura Galega

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Considera-se como literatura galega as obras escritas em galego, produzidas por galegos ou feitas na Galiza (ou Galícia). Esta região passou por um processo histórico de emigração, fazendo com que diversos autores emigrassem para outros países da Europa e para a América.

Levando-se em consideração que o contexto social de determinada região influência fortemente sua literatura, no caso da galega, não há um estado próprio para a língua, delimitação de fronteiras políticas e a presença do castelhano como língua normativa desde o fim da Idade Média.

Durante os séculos XI e XIII houve grande produção trovadoresca galega de Alfonso X, que escreveu as Cantigas de Santa Maria. Este período é considerado como áureo para a literatura da região, já que na época o Reino de Galiza dispunha de maior independência política e era protagonista de assuntos hispânicos.

Porém, o declínio desta literatura ocorre com a formação do reino de Portugal no começo do século XII, isso fez com que a região da Galiza sofresse transformações territoriais e sociais. A língua galega acabou tornando-se falada apenas pelas camadas mais populares e o galego é substituído pelo castelhano na oralidade e na escrita.

Costuma-se dividir a literatura da Galiza da seguinte forma:

  • Período Medieval (XIII – XV) - em que se destaca o Trovadorismo, Cantigas de Santa Maria e Prosa da Galiza da Idade Média.
  • Séculos Escuros (XVI, XVII e XVIII)
  • Rexurdimento (XIX)
  • Literatura galega do século XX

No século XX, devido à guerra, vários intelectuais foram exilados ou buscaram abrigo em outros países. Porém, neste momento, foi fundado o editorial Galaxia, responsável pela normalização literária em galego. Surgia uma nova geração de autores, entre eles Álvaro Cunqueiro, novelista, poeta, dramaturgo e jornalista considerando um dos mais influentes escritores da literatura galega. Em galego, ele produziu obras como “Cantiga nova que se chama Riveira”, “O incerto señor Don Hamlet, Príncipe de Dinamarca”, “Se o vello Sinbad volvese ás illas”, “Xente de aquí e de acolá”, entre outras.

Deste mesmo grupo, porém mais novo do que Cunqueiro, aparece Xosé Luís Méndez Ferrín, um dos escritores mais representativos da língua galega. Ganhador de diversos prêmios hispânicos, foi vencedor do Prêmio da Crítica da Galiza. Entre as características de sua obra, destacam-se a intertextualidade, recorrência ao mundo onírico, predomínio da violência e da morte e as metamorfoses dos personagens. Entre as obras de Xosé Luís Méndez Ferrín estão “Sirventés pola destrucción de Occitania”, “Poesía enteira de Heriberto Bens”, “Era na selva de Esm” e “Contra Maquieiro”.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_galega

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