A vida dos doze césares

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A Vida dos Doze Césares (De vita Caesarum, no original em latim) é uma obra literária escrita por Suetônio, autor romano, que reuniu doze biografias, começando por Júlio César e abordando a vida de onze imperadores romanos, desde a infância até a derrocada (basicamente, o período decisivo e crítico do principado a partir do final da República até o reinado de Domiciano).

Composto no ano 121, durante o reinado do imperador Adriano, é a obra mais popular de Suetônio, que à época era secretário pessoal deste imperador. Ela foi dedicada a um amigo do autor, o prefeito pretoriano Gaius Septicius Clarus.

O livro é geralmente descrito como vigoroso, cheio de fofocas, dramático e, por vezes divertido. Há momentos em que o autor expressa subjetivamente sua opinião e conhecimento. Sua narrativa é direta e pouco profícua em descrições, quase como se fosse um diário de notas apressadas pelo escasso tempo. Apesar de suas imperfeições, foi um trabalho considerado como significante na antiguidade, constituindo até hoje uma fonte primária da história romana. São frequentes as comparações feitas com a obra de Tácito, cujos textos sobreviventesdocumentam um período similar.

Caio Suetônio Tranquilo nasceu no ano de 69 e morreu por volta de 130. Não era nobre nem plebeu, pertencia a uma classe intermediária. Foi protegido do escritor Plínio o jovem, e depois passou a integrar o serviço imperial. Bom conhecedor do mundo romano e, principalmente, da realeza, ele vivia em contato com os "podres", por assim dizer, de cada homem que ocupava o trono de Roma. Suetônio é, em síntese, uma espécie de colunista social do Império Romano.

Os doze personagens relacionados em A Vida dos Doze Césares são:

  • Caio Júlio César;
  • Otávio César Augusto;
  • Tibério Nero César;
  • Caio César Calígula;
  • Tibério Cláudio Druso;
  • Nero Cláudio César;
  • Sérvio Suplício Galba;
  • Marco Sálvio Óton;
  • Aulo Vitélio;
  • Tito Flávio Vespasiano;
  • Tito Vespasiano Augusto;
  • Tito Flávio Dominicano

Ao longo da obra, Suetônio estabelece um certo padrão na descrição de cada um dos Césares. Primeiro ele define a origem familiar do indivíduo, e depois parte para um apanhado geral da carreira política e administrativa. O passo seguinte é falar das realizações, para fechar com a parte realmente divertida, que são os podres. Impressionam ao longo dos relatos o contraste da altamente letrada sociedade dos romanos com os seus costumes que soam bárbaros para nós. Uma sociedade que escrevia e lia muito, mas que praticava suas traições, seus complôs e seus assassinatos à luz do dia, em situações que beiram ao absurdo dados os moldes atuais.

Bibliografia:
TESSARI, Gilvan. Suetônio: A vida dos doze césares. Disponível em <https://gilvas.wordpress.com/2004/06/22/suetonio-a-vida-dos-doze-cesares/>. Acesso em: 01 abr. 2012.

Jackie (?). A vida dos doze césares. Disponível em <http://www.lerdemais.com/2009/05/vida-dos-doze-cesares.html>. Acesso em: 01 abr. 2012.

Arquivado em: Livros
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