Cranioacupuntura

Graduação em Fisioterapia (Faculdade da Serra Gaúcha, FSG, 2014)

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A cranioacupuntura, também conhecida como escalpo acupuntura de Yamamoto teve origem no Japão, de forma acidental durante uma tentativa de bloqueio neural feito pelo médico Toshikatsu Yamamoto. Essa técnica, hoje muito utilizada pelos profissionais adeptos da medicina tradicional, auxilia tanto no tratamento quanto no diagnóstico de patologias e disfunções.

Trata-se de um microssistema, onde a representação corporal localiza-se em uma região específica, nesse caso o crânio. Apesar de sua ampla aplicabilidade, utiliza-se principalmente para tratamentos relacionados aos distúrbios emocionais, como depressão, bipolaridade, ansiedade, insônia, assim como patologias neurológicas, tais como sequelas de AVC, Parkinson, Alzheimer, distúrbios de sistema vestibular, tremores, paralisias, entre outros.

A aplicação dos pontos exige muito cuidado, uma vez que devem ser identificados com exatidão para obter êxito na aplicação, além de que os pontos apresentam sensibilidade e o paciente pode referir dor à palpação e principalmente durante a inserção da agulha. A localização dos pontos pode ser realizada com uma caneta ou com uma cureta de odontologia. Cada ponto corresponderá à uma região específica, dividindo-se em região Yin e região Yang. A região Yin localiza-se na face anterior da cabeça e a região Yang localiza-se na região posterior da cabeça. Para que seja selecionada a melhor área para aplicação, utiliza-se a palpação cervical ou o exame abdominal para facilitar a identificação.

Segundo Yamamoto, cada uma dessas regiões é um “somatopo” (microssistema), pois os pontos serão sempre duplos e são identificados por letras e distribuídos conforme suas funções, são eles:

  • Pontos básicos/principais: 11 pontos identificados pelas letras A B C D E F G H I J K;
  • Pontos sensoriais: 4 pontos referentes aos órgãos dos sentidos (olho, nariz, face e ouvido);
  • Pontos cerebrais: 3 pontos referentes ao cérebro, cerebelo e gânglios da base;
  • Pontos Ypsilon: 12 pontos referentes aos órgãos internos
  • Pontos dos 12 pares cranianos;

A aplicação normalmente resulta em melhora imediata da sintomatologia, porém, uma vez que os resultados não sejam satisfatórios, deve-se levar em consideração as seguintes possibilidades: melhorar o posicionamento da agulha, localizar novamente o ponto, aprofundar a aplicação da agulha, reaplicar a agulha de forma superficial. O que também deve ser levado em consideração são as localizações dos meridianos, as relações existentes entre os órgãos e vísceras e também a zona que foi trabalhada (Zona Yin ou Zona Yang). As diversas aplicações, são elas através da acupuntura, eletro-acupuntura, laserpuntura ou acupressão podem ser usadas em todas as faixas etárias, além de ser um recurso relativamente barato devido ao pouco material utilizado.

Dentre protocolos específicos já desenvolvidos por Yamamoto e demais profissionais, pode-se realizar outras associações para que os objetivos sejam atingidos.

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Arquivado em: Medicina Alternativa
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