Florais de Bach

Por Ana Lucia Santana
Categorias: Medicina Alternativa
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Desde os tempos mais antigos, sabe-se que a Natureza dispõe ao alcance das mãos humanas um verdadeiro templo ao ar livre, repleto de recursos naturais voltados, entre outros fins, para a cura dos males que afligem o Homem. Dr. Edward Bach, nascido em 1886, em Moseley, próximo a Birmingham, na Inglaterra, herdou de seus ancestrais galeses o amor pela vida natural, a percepção profunda de que nos recantos das matas ele encontraria algo que a Medicina, caminho tão desejado por ele, não lhe oferecia, a real recuperação da saúde humana.

Para este genial bacteriologista, patologista e homeopata, especializado em saúde pública, que exerceu sua vocação nos momentos mais difíceis atravessados pela Humanidade, durante a Segunda Guerra Mundial, o caminho tornou-se cada vez mais claro. Depois de muito relutar, decidiu ouvir seu chamado mais íntimo e abandonou sua carreira então florescente, optando pela vida campestre, na qual pesquisou e encontrou os remédios que, segundo ele, sanaria as verdadeiras causas dos sofrimentos vividos pelos seres vivos, localizadas no nosso campo emocional.

Depois de muito observar as pessoas, durante o exercício da Medicina, o Dr. Bach se encontrava pronto para suas pesquisas. Ele agora tinha a certeza de que os remédios não tratam as doenças, e sim os indivíduos, pois cada um reage de maneira distinta a uma mesma enfermidade. Portanto, a forma como o Homem se comporta diante de seus males é que guiará o terapeuta até as causas de suas aflições, quando então se poderá erradicar pela raiz as dores que acometem o paciente.

É justamente na psique, elemento mais delicado do organismo humano, que transparecem os sintomas de algo maior que se passa no interior do paciente. Assim, é nela que se deve concentrar a atenção na busca do diagnóstico. Dr. Bach nos transmite, sob a descoberta de novos medicamentos, baseados em essências florais, uma profunda filosofia. Segundo ele, a alma humana é o guia da jornada existencial do Homem, ela sabe o que é o melhor para cada um. Este, porém, mais atento às convenções sociais e materiais, muitas vezes despreza a voz latente de sua alma e escolhe seguir os desejos mais imediatos de seu ego. Agindo desta forma, ele contraria as orientações interiores e gera um conflito entre sua mente e sua alma, o que gera as doenças. Elas nascem da angústia criada por este contexto de insatisfação e, muitas vezes, de vazio existencial.

Partindo deste ponto de vista, o Dr. Bach divide as pessoas e os remédios em sete grupos de natureza emocional: os grupos do medo, dos indecisos, da falta de interesse pelas circunstâncias atuais, da solidão, da sensibilidade excessiva a influências e opiniões externas, do desalento ou desespero, da excessiva preocupação com o bem-estar dos outros.

A partir desta visão, sua filosofia postula que o papel de cada remédio é desenvolver no ser em desequilíbrio a virtude oposta àquela que está lhe prejudicando. Por exemplo, se o paciente apresenta medos excessivos, patológicos, o terapeuta deve lhe indicar o Mimulus, se for um temor concreto, de causas conhecidas, para que ele adquira coragem; ou o Aspen, para os medos indefinidos, que não possuem nenhuma explicação, com o objetivo de lhe proporcionar clareza sobre o que se passa em seu inconsciente; ou ainda o Rock Rose, se esta emoção tiver se convertido em pânico, e assim ele se revestirá de destemor para enfrentar todas as adversidades. Assim, é possível restituir ao ser fragmentado sua integridade emocional, orgânica e espiritual.

Entre 1930 e 1934, o Dr. Edward Bach, que se refugiara em Mount Vernon, na Inglaterra, encontra as 38 essências florais que abrangem sua filosofia e suas observações. Elas dão conta de todos os desequilíbrios emocionais por ele diagnosticados. Ele morre em 1936, deixando para o mundo um legado precioso, ciente de que cumpriu sua missão. Até hoje, pacientes do mundo inteiro são tratados com a combinação destas essências, que são produzidas pelos herdeiros espirituais do Dr. Bach, em Mount Vernon.

Esta terapia é complementar, deve ser administrada concomitantemente aos tratamentos convencionais, e não produz nenhum efeito colateral. Sua eficiência depende do paciente, pois o terapeuta floral apenas aponta o caminho a ser seguido, mas este deve ser percorrido por cada um, com vontade e determinação. Seus resultados são graduais, sutis, mais ou menos demorados, conforme a disposição daqueles que optaram por esta terapêutica. As essências são indicadas pelos terapeutas florais, combinadas nos laboratórios de manipulação e entregues ao paciente, que deve aplicar quatro gotas, quatro vezes ao dia, sobre a língua. Cada frasco de tratamento dura mais ou menos um mês, quando então se deve retornar ao consultório do terapeuta.

Fontes
Bach, Dr. Edward – Os Remédios Florais do Dr. Bach – Editora Pensamento - São Paulo – 2006 – 96 pp.
https://web.archive.org/web/20000229214110/http://www.geocities.com:80/Paris/3349/bach.htm

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