Lista de exercícios com questões de vestibulares sobre Pronomes da língua portuguesa. Ler artigo Pronomes.
Quando o alemão Fritz Müller chegou ao interior de Santa Catarina, em 1852, era como se pousasse em outro planeta. Um planeta onde ele realizou estudos minuciosos, que lhe renderam fama internacional e o apelido de “príncipe dos exploradores” – cortesia de seu ídolo e fã, Charles Darwin.
O fascínio pela fauna e flora abaixo do Equador foi o que atraiu o médico e filósofo de 31 anos ao vale do Itajaí, um deserto verde onde dois anos antes Hermann Blumenau havia criado uma colônia alemã batizada com seu sobrenome.
A partir da leitura do texto acima, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
Havia um sentimento de admiração mútua entre Fritz Müller e Charles Darwin.
As formas verbais “chegou”, “realizou” e “renderam” representam uma sequência cronológica de eventos; já a locução verbal “havia criado”, equivalente a “criara”, representa um tempo passado anterior a “atraiu”.
Os vocábulos onde e que, sublinhados no texto, estão funcionando como pronome relativo e conjunção, respectivamente.
As duas ocorrências do pronome possessivo referem-se a Fritz Müller.
O segundo parágrafo do texto pode ser reescrito da seguinte maneira, sem alteração das relações sintático-semânticas: “O que atraiu o médico e filósofo de 31 anos ao vale do Itajaí, dois anos antes, foi o fascínio pela fauna e flora do deserto verde no qual Hermann Blumenau viria a criar uma colônia alemã abaixo do Equador, que seria batizada com seu sobrenome”.
As palavras alemão e alemã estão ambas funcionando como substantivo no texto e se opõem quanto à flexão de gênero.
No primeiro período do texto, há uma relação semântica de temporalidade e outra de comparação entre os conteúdos das orações.
Neste exercício devem ser marcadas as afirmativas corretas, com relação ao texto apresentado.
As afirmativas corretas são:
1. “Havia um sentimento de admiração mútua entre Fritz Müller e Charles Darwin.”, o que podemos comprovar na última frase do primeiro parágrafo que diz: “cortesia de seu (de Fritz Müller) ídolo e fã, Charles Darwin”.
2. “As formas verbais ‘chegou’, ‘realizou’ e ‘renderam’ representam uma sequência cronológica de eventos; já a locução verbal ‘havia criado’, equivalente a ‘criara’, representa um tempo passado anterior a ‘atraiu’.” A correlação de tempo mostrada está correta quanto aos verbos existentes no texto e à sequência de ações ocorridas.
64. “No primeiro período do texto, há uma relação semântica de temporalidade e outra de comparação entre os conteúdos das orações.” Podemos conferir a relação de temporalidade através da palavra “quando”, que inicia uma oração adverbial temporal. E a relação de comparação pode ser comprovada através do pronome interrogativo “como” que inicia uma oração comparativa.
As afirmativas incorretas são:
4. “Os vocábulos onde e que, sublinhados no texto, estão funcionando como pronome relativo e conjunção, respectivamente”. Em ambos os casos trata-se de pronomes relativos, uma vez que estão sendo utilizados para substituir termos anteriores nas orações, respectivamente: “um planeta” e “estudos minuciosos”.
8. “As duas ocorrências do pronome possessivo referem-se a Fritz Müller.” - Está incorreta, pois na segunda ocorrência, o pronome possessivo “seu” se refere a Hermann Blumenau.
16. “O segundo parágrafo do texto pode ser reescrito da seguinte maneira, sem alteração das relações sintático-semânticas: ‘O que atraiu o médico e filósofo de 31 anos ao vale do Itajaí, dois anos antes, foi o fascínio pela fauna e flora do deserto verde no qual Hermann Blumenau viria a criar uma colônia alemã abaixo do Equador, que seria batizada com seu sobrenome’.”
- Há alterações no período, pois dá a entender que quando Fritz Müller chegou ao Vale do Itajaí, Hermann Blumenau ainda não havia criado a colônia alemã, mas o período original diz que quando isso aconteceu a colônia já havia sido criada.
32. “As palavras alemão e alemã estão ambas funcionando como substantivo no texto e se opõem quanto à flexão de gênero.” - A afirmação está incorreta pois a palavra “alemã” funciona como adjetivo do substantivo “colônia” e não como um substantivo.
Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo lhe está no lugar do pronome oblíquo o ou a, em desacordo com as orientações da norma culta.
Pediu a Rita que lhe explicasse tudo.
Então ela declarou-lhe que não voltaria mais.
O cocheiro propôs-lhe voltar a primeira travessa, e ir por outro caminho.
Ele, para lhe ser agradável, estava sempre discretamente afastado.
Vejamos o que lhe trouxe aqui.
Este exercício pede que seja marcada a alternativa em que a colocação do pronome “lhe” está em desacordo com as regras da norma culta. A alternativa que responde a questão é a letra E - Vejamos o que lhe trouxe aqui.
O verbo “trazer” é transitivo direto e indireto, e portanto deve ser completado com um objeto direto e com um objeto indireto. Podemos dizer que deve-se “trazer algo a algum lugar”.
O complemento indireto é a palavra “aqui”, e o complemento direto, o pronome “lhe”, porém este pronome não pode assumir a função de objeto direto, para isso temos os pronomes “o” e “a”. O “lhe” só se aplica para objetos indiretos.
Corrigindo a frase, ela ficaria da seguinte maneira: “Vejamos o que o/a trouxe aqui”.
Nas demais alternativas o pronome lhe está sendo usado adequadamente. Nas letras A, B e C ele assume a função de objeto indireto dos verbos “explicar”, “declarar” e “propor”, e na letra D ele assume a função de complemento nominal da palavra “agradável”.
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:
Os modos de ser com que se apropria a gente da cidade são os que lhes parecem mais civilizados.
Enfraquecida, a cultura caipira cujos valores tanta gente se encantou, cede lugar às modas citadinas, de que quase todos tomam como parâmetro.
A moda sempre existiu, sempre haverá quem a adote, assim como sempre haverá quem não lhe poupe o aspecto de superficialidade.
A moda, cujos os valores são sempre efêmeros, define as maneiras de vestir e pensar de que se comprazem os citadinos.
Vive-se num tempo onde as mudanças são tão rápidas que fica difícil acompanhar-lhes em sua velocidade.
A questão pede que marquemos a alternativa correta quanto ao uso dos pronomes. A alternativa que responde a questão é a letra C - “A moda sempre existiu, sempre haverá quem a adote, assim como sempre haverá quem não lhe poupe o aspecto de superficialidade”. Não há nenhum equívoco quanto à colocação dos dois pronomes. Ambos são casos de próclise, pois estão próximos a palavras que os atraem para antes do verbo: “quem” (pronome indefinido) e “não” (advérbio de negação).
Quanto às demais, vejamos quais os problemas que apresentam:
Letra A - “Os modos de ser com que se apropria a gente da cidade são os que lhes parecem mais civilizados.”
A construção “com que” está equivocada, pois deve obedecer à regência do verbo “apropriar”. Poderia ser substituída pela construção “de que” ou “dos quais”, pois faz referência ao termo “os modos de ser”.
Letra B - “Enfraquecida, a cultura caipira cujos valores tanta gente se encantou, cede lugar às modas citadinas,de que quase todos tomam como parâmetro.”
As duas construções estão incorretas, pois não correspondem à regência verbal dos verbos com os quais fazem relação sintática.
A construção “cujos” deveria ser “com cujos” pois o verbo “encantar-se” tem esta regência: “encantaram-se com os valores da cultura caipira”.
A construção “de que” deveria ser apenas “que”. “Quase todos tomam como parâmetro as modas citadinas”. Não necessita, portanto, do uso da preposição “de”, pois o verbo não a exige.
Letra D - “A moda, cujos os valores são sempre efêmeros, define as maneiras de vestir e pensar de que se comprazem os citadinos.”
O primeiro equívoco ocorre no uso do artigo após a palavra “cujos”, lugar onde não deve aparecer nunca. O segundo equívoco é no uso da preposição “de”, pois o verbo “comprazer” não a exige. O correto seria “[...] e pensar que se comprazem os citadinos”.
Letra E - “Vive-se num tempo onde as mudanças são tão rápidas que fica difícil acompanhar-lhes em sua velocidade.”
O uso da palavra “onde” fazendo referência a algo que não denota “lugar” é inadequado. O adequado seria substituí-la pelo pronome relativo “que” precedido da preposição “em”: “Vive-se num tempo em que as mudanças são tão rápidas [...]”.
Da mesma forma, o pronome “lhes” não poderia ser utilizado nesta construção pois trata-se de um objeto direto, ou seja, deveriam ter sido usados os pronomes “os” ou “as”: “[...] que fica difícil acompanhá-las em sua velocidade.”
Assinale a frase em que o pronome destacado em negrito está corretamente empregado.
Esse projeto é de 1998, onde a avenida ainda não tinha sido construída.
Amigo, me permita abraçar-lhe e cumprimentar-lhe pelo sucesso de seu livro.
Segundo o relatório técnico, tanto o prédio da prefeitura quanto o terminal rodoviário precisam de reparos: este localizado no final da Av. Salomé; aquele, no alto da Praça 23 de Maio.
Senhor Diretor, vosso filho já lhe telefonou e pediu para o avisar que vai atrasar-se.
Sem garantias mínimas de sua parte, nós não vamos poder se comprometer com a entrega do carro para ti no prazo
Deve ser marcada a alternativa em que o uso do pronome em destaque está adequado.
A alternativa correta é a letra C - “Segundo o relatório técnico, tanto o prédio da prefeitura quanto o terminal rodoviário precisam de reparos: este localizado no final da Av. Salomé; aquele, no alto da Praça 23 de Maio.”
Ambos os pronomes em destaque estão empregados adequadamente segundo os parâmetros da língua padrão.
Letra A - “Esse projeto é de 1998, onde a avenida ainda não tinha sido construída.” - o equívoco aqui é no uso do pronome relativo “onde” referindo-se a uma ideia de tempo “1998” e não de lugar.
Letra B - “Amigo, me permita abraçar-lhe e cumprimentar-lhe pelo sucesso de seu livro.”
Os três pronomes utilizados na frase estão inadequados. O pronome “me” deveria estar após o verbo “permita-me”, pois em início de frases utiliza-se a ênclise. O pronome “lhe”, nas duas ocorrências, está assumindo a função de objeto direto, ou seja, não pode ser utilizado neste caso. O pronome adequado seria o pronome oblíquo “o”, pois os verbos “abraçar” e “cumprimentar” são transitivos diretos: “[...] permita-me abraçá-lo e cumprimentá-lo”.
Letra D - “Senhor Diretor, vosso filho já lhe telefonou e pediu para o avisar que vai atrasar-se.”
O pronome “vosso” deveria ser substituído por “seu”, pois estamos tratando com a conjugação da terceira pessoa, determinada pelo pronome de tratamento “senhor”.
O pronome “lhe” está utilizado corretamente.
O pronome “o” está inadequado e deveria ser substituído por “lhe”, pois se trata de um objeto indireto.
O pronome “se” está inadequado, pois como há a presença da palavra atrativa “que”, ele deveria vir antes e não após o verbo.
Letra E - “Sem garantias mínimas de sua parte, nós não vamos poder se comprometer com a entrega do carro para ti no prazo.”
O uso do pronome “se” é inadequado, já que estamos utilizando a primeira pessoa do plural. O correto seria substituí-lo pelo pronome “nos”.
O uso do pronome “ti” também está equivocado, pois na primeira parte do período é determinado o uso da terceira pessoa para o interlocutor, através do pronome “sua”. Sendo assim, dever-se-ia continuar com a mesma pessoa do discurso, e substituir o pronome “ti” por “você”.
(MACK) A única frase em que há erro no emprego do pronome oblíquo é:
Eu o conheço muito bem.
Devemos preveni-lo do perigo.
Faltava-lhe experiência.
A mãe amava-a muito.
Quando diria-nos a verdade?
O exercício pede que seja marcado o item que apresenta problemas no uso adequado do pronome oblíquo. A alternativa que responde a questão é a letra E - “Quando diria-nos a verdade?”
Na verdade, neste caso deveria ser utilizada a próclise, pois temos um pronome interrogativo antes do verbo, que atrai o pronome oblíquo. A forma correta seria: “Quando nos diria a verdade?”.
As demais alternativas estão corretas quanto ao uso do pronome oblíquo. A letra A é um outro caso de próclise, também por causa da presença do pronome, neste caso o pronome “eu”.
As demais alternativas são casos de ênclise, pois não há motivos para o pronome ser colocado antes ou no meio do verbo.
Leia:
“O mesmo Senhor o disse: [...] Eu não vim a ser servido, senão a servir. E todos estes que me seguem e me assistem, todos estes que eu vim buscar, e me buscam, eu sou o que os sirvo a eles, e não eles a mim.”.
Quanto ao emprego das formas pronominais que e me, destacadas no fragmento, identifique com V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s):
( ) O pronome que pode ser substituído pela forma “os quais”, sem alterar o sentido do fragmento.
( ) O pronome me, nas três ocorrências, refere-se ao termo Eu.
( ) O pronome me, na primeira ocorrência, refere-se à expressão todos estes.
( ) O pronome que estabelece a coesão textual, retomando a expressão todos estes.
A seqüência correta é:
VVFV
FVVF
VVFF
FFVV
VFVF
O exercício pede que sejam analisados os pronomes “que” e “me” presentes no fragmento de texto apresentado, e em seguida marcadas as afirmativas como verdadeiras ou falsas.
Ao final, deve-se encontrar a alternativa que corresponde à sequência correta de V e F.
Vejamos as quatro afirmativas:
“O pronome que pode ser substituído pela forma “os quais”, sem alterar o sentido do fragmento.” - VERDADEIRA - pois se refere ao termo “todos estes”.
“O pronome me, nas três ocorrências, refere-se ao termo Eu.” - VERDADEIRA - pois só pode se referir à primeira pessoa do singular.
“O pronome me, na primeira ocorrência, refere-se à expressão todos estes.” - FALSA - é impossível haver esta referência, pois o pronome oblíquo “me” refere-se à primeira pessoa do singular, enquanto que o pronome indefinido “todos” refere-se à terceira pessoa do plural.
“O pronome que estabelece a coesão textual, retomando a expressão todos estes.” - VERDADEIRA - pois o termo “todos estes” é o referencial do pronome “que”.
A alternativa que responde a questão, portanto, é a letra A - VVFV.
(Cesgranrio) Assinale a opção em que o pronome lhe apresenta o mesmo valor significativo que possui em: “uma espécie de riso sardônico e feroz contraía-lhe as negras mandíbulas”.
A mãe apalpava-lhe o coração.
Aconteceu-lhe uma desgraça.
Tudo lhe era indiferente.
Ao inimigo não lhe rogo perdão.
Não lhe contei o susto por que passei.
O exercício pede que seja marcada a alternativa em que o pronome “lhe” tem o mesmo valor semântico que possui na frase: “uma espécie de riso sardônico e feroz contraía-lhe as negras mandíbulas”.
Nesta frase, o pronome tem o significado de “as suas”.
Das cinco alternativas apresentadas, em quatro delas o pronome “lhe” tem o significado de “a ele(a)”. A única alternativa em que ele possui o significado de “o seu” é a letra A - “apalpava-lhe o coração” ou seja, “apalpava o seu coração”.
Desta forma, a alternativa que responde a questão é a letra A.