Luto

Por Ana Lucia Santana
Categorias: Morte, Psicologia
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O luto é uma emoção que paira sobre o Homem quando ele perde alguém, ou seja, assim que uma ruptura o distancia do ser querido, o qual parte através da morte. Um profundo sentimento de tristeza ou compaixão nasce desta carência, a qual se revela mínima ou de grande intensidade, de natureza positiva ou negativa.

Foto: Chinnapong / Shutterstock.com

Ele é expresso de formas distintas conforme o viés cultural adotado por cada povo. Em diferentes comunidades, por exemplo, recorre-se à utilização de trajes com variadas colorações, as quais apontam a existência do luto. Uma nação pode igualmente recorrer ao estado de luto quando alguém famoso morre.

Mas é importante perceber que o luto não se restringe apenas à presença da morte. Ele também está presente em toda privação, nas rupturas matrimoniais, nos rompimentos com amigos, na mudança para outro país. Assim, este sentimento pode ser concebido, na verdade, como um mecanismo inerente à psique humana.

Toda vez que uma pessoa rememora sua carência, ela sente uma intensa melancolia, as lágrimas ameaçam invadir novamente seus olhos, mas não muito tempo depois é possível encontrar um certo conforto. Mas com certeza as lembranças não se resumem somente aos momentos difíceis, assim alternam-se emoções alegres e tristes.

Esta fase é marcada por uma natural instabilidade emocional, sinalizada por emoções como a agressividade, estado de choque, ira, solidão, tensão, cansaço físico e emocional, entre outras. Mas os sentimentos oscilam conforme a faixa etária das pessoas envolvidas na perda, as condições em que se encontra seu organismo, como se deu a ruptura, seu contexto cultural, o credo religioso, a intensidade da fé, a situação econômica, a esfera social que a abriga, sua forma de reagir aos choques da vida, entre outros fatores.

Cada uma destas condições influi consideravelmente no luto de cada um, intensificando-o ou reduzindo seu grau de impacto. O importante é vivenciar esta etapa, não tentar reprimir o sofrimento, pois as consequências disso podem ser muito sérias posteriormente. Não se pode precisar exatamente quanto tempo durará esta fase da vida, mas com o tempo a dor vai perdendo a intensidade e as pessoas acabam retomando a sua rotina, o que não exclui certos momentos de retomada do luto.

É mais difícil lidar com o luto familiar, pois este sentimento pode despertar neste ambiente uma conjuntura crítica, especialmente no que se refere às mudanças de performance necessárias quando se perde alguém dentro do lar, pois as tarefas daquele que partiu precisam ser agora transferidas para outra pessoa. Este momento complexo pode provocar na evolução familiar uma séria paralisia, a qual com certeza caracterizará o luto deste grupo de indivíduos.

O luto passa por algumas etapas antes de sua conclusão. Inicialmente há o choque da perda, quando a pessoa fica totalmente anestesiada; depois vem a negação ou a busca, quando intervêm sentimentos como a descrença, os questionamentos, a sensação de estar junto ao ser desaparecido – é apenas o início da percepção do que aconteceu. Logo em seguida entram em cena o sofrimento e a inevitável desestruturação, quando surgem os sentimentos depressivos, a solidão, o medo, a agressividade, a culpa. Nesta fase a pessoa somatiza o sofrimento e se distancia de seu cotidiano. Finalmente o ser carente entra no processo de recuperação e de aceitação, cria perspectivas futuras, adapta-se ao rompimento, inicia novas relações e processa um comportamento mais positivo.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Luto
https://web.archive.org/web/20130623002447/http://www.drashirleydecampos.com.br:80/noticias/15009

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