Tópicos Introdutórios em Tabela Periódica para o 1° ano do Ensino Médio

Por André Luis Silva da Silva

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

Categorias: Química
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

A Tabela Periódica dos Elementos inicialmente surge ao educando de Ensino Médio como mágica, repleta de segredos a serem revelados. Mas logo acaba tornando-se um grande martírio, pois há grande possibilidade deste tentar memorizar algumas de suas informações. A assim, será esse o assunto a ser lembrado quando pensar na química. Mas esse instrumento, quando bem fundamentado, poderá vir a se tornar um facilitador do conhecimento químico dos educandos. Abaixo mostra-se alguns tópicos nesse objetivo.

- A tabela periódica, em uma versão mais elaborada, foi proposta pela primeira vez pelo químico russo Mendeleev em 1893, e trazia os elementos químicos ordenados em  função de sua massa atômica.

- Moseley, em 1913, percebendo uma melhor configuração, trouxe os elementos em uma tabela a partir de seu numero atômico, sendo esta a Tabela Periódica atual.

- A função inicial da tabela periódica é agrupar os elementos de propriedades semelhantes, desta forma, de um modo geral, elementos próximos são parecidos, os elementos distantes são diferentes.

- Na tabela como um todo, existe uma repetição das propriedades químicas e físicas dos elementos a medida em que a vamos percorrendo e chegando às mesmas colunas e linhas. Dessa forma, torna-se possível a predição dessas propriedades de alguns elementos químicos de difícil obtenção.

- A primeira classificação encontrada na tabela periódica (metais, não-metais, semimetais e gases nobres) é mostrada geralmente por legendas coloridas, e distingue fundamentalmente os metais por estes conduzirem corrente elétrica e calor, serem dúcteis (formadores de fios) e maleáveis (formadores de lâminas), propriedades físicas essas específicas dos metais.

- Os elementos classificam-se ainda, conforme a sua configuração eletrônica, como pertencem às famílias A ou B (elementos de configuração terminada em s ou p localizam-se na famílias A, de configurações terminadas em d ou f  localizam-se nas famílias B). Aqueles das Famílias A podem ainda ser chamados de representativos, ao passo que os de Famílias B são conhecidos como elementos de transição.

- Os elementos das famílias A podem ainda ser classificados como metais alcalinos, metais alcalinos terrosos, calcogênios, halogênios ou gases nobres, sendo que esses últimos recebem esta denominação por raramente interagirem com outros átomos.

- Os elementos naturais são aqueles que se encontram constituindo a matéria do nosso mundo físico. Entre eles, talvez dois não mereçam tal classificação, pois até hoje não foram isolados em quantidades visíveis, que são o frâncio (Fr) e o astato (At).

- Os elementos artificiais são aqueles fabricados em laboratórios de pesquisa nuclear. São classificados em cisurânicos (encontram-se antes do urânio) e transurânicos (encontram-se depois do urânio). O urânio possui número atômico 92.

Referências:
FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São Paulo/SP – 1990.

Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!