Atualmente já foram contabilizadas aproximadamente 5.000 espécies de apicomplexos. Os representantes deste filo são parasitas comuns de animais, tais como vermes, equinodermos, insetos e vertebrados. Podem ser parasitas intra ou extracelular (ou ambos), isso dependerá da espécie em questão. Os representantes do filo apicomplexa são responsáveis pela malária, que é uma doença parasitária, eleita a nº 1 da humanidade. Também são chamados de Esporozoários.
Estrutura
Os representantes deste filo podem apresentar um ou mais poros para alimentação denominados micróporos, localizados geralmente na lateral do corpo.
Na figura ao lado temos a vista lateral de um esporozoário representante dos apicomplexos, dando ênfase a suas estruturas corporais.
Ciclos de Vida
Os ciclos de vida destes organismos podem ser extraordinários ou básicos. Quando extraordinário, os apicomplexos atingem uma complexidade muito grande, pois possuem uma capacidade infeccionaria alta, atingindo mais de um hospedeiro. Contudo, quando é básico, é bem simples: seus estágios sexuais e clonais são haplóides, com exceção do zigoto. O estágio móvel infestante é chamado de esporozoíto, que é haplóide e penetra no corpo do hospedeiro retirando nutrientes, crescendo e se diferenciando em um gamonte (célula produtora de gametas). Normalmente os gamontes feminino e masculino se pareiam, tendo a sua volta um envoltório comum (cisto) e cada um produzindo muitos gametas através da fissão múltipla no interior do cisto. Quando já estão completamente desenvolvidos os gametas formam zigotos diplóides, sendo que cada um produz uma cápsula protetora extracelular que será chamada de esporo. Após esta fase, já no interior do esporo, o núcleo do zigoto faz meiose pra voltar o nº haplóide dos cromossomos e dar continuidade à divisão mitótica, resultando em oito esporozoítos. Nesse ciclo de vida ocorre a produção de gametas conhecida como gamogonia, ocorre também a produção de esporos denominada esporogonia.
Fontes:
Ruppert, Edward E., Fox, Richard S., Barnes, Robert D. Zoologia dos invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. São Paulo. Roca, 2005.