Placenta Acreta

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A placenta acreta, condição também conhecida como acretinismo placentário, é definida como a implantação profunda da placenta na parede uterina, ultrapassando o limite normal da fixação.

Tipicamente, a placenta se solta facialmente da parede uterina durante o parto. Todavia, mulheres com acretinismo placentário apresentam um grande risco de hemorragia durante a remoção da placenta, podendo, em certos casos, levar à histercetomia.

Estima-se que esta condição acometa 1 em cada 2500 gestantes. Geralmente não é observada antes do nascimento, por ser de difícil diagnóstico nesse período.

Existem algumas variantes, que são classificadas de acordo com a profundidade da implantação placentária. São elas:

  • Placenta acreta: a placenta penetra mais profundamente na decídua (cama interna do útero), acometendo o miométrio somente superficialmente. Representa aproximadamente 75% dos casos.
  • Placenta increta: a placenta penetra mais profundamente no útero, atingindo a camada muscular, o miométrio.
  • Placenta percreta: a placenta penetra muito fundo, ultrapassando o miométrio, alcançando a serosa.

Causa desta condição ainda é desconhecida. Contudo, sabe-se que pode estar ligada à placenta prévia e a anterior ocorrência de cesáreas. Além disso, idade materna avançada e uso de drogas ilícitas e tabaco pode predispor à ocorrência de acretinismo placentrário.

Os principais riscos de placenta acreta incluem:

  • Parto prematuro;
  • Sangramento durante o terceiro trimestre gestacional;
  • Hemorragia durante a remoção manual da placenta;
  • Danos ao útero;
  • Histerectomia.

O diagnóstico é difícil e fica na dependência do local de inserção na placenta, da profundidade de penetração no miométrio e do número de cotilédones envolvidos. Pode ser alcançado por meio de imagem ultrassonográfica, ressonância magnética, ultrassonografia com Doppler colorido e power Doppler.

Nada pode ser feito para evitar a placenta acreta e, após ser descoberta, não há muito a se fazer. Após o diagnóstico desta condição, o médico deve monitorar a gestação, com o intuito de agendar uma cesárea, visando poupar o útero e, no pior dos casos, histerectomia será necessária.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Placenta_acreta
http://www.fetalmed.net/item/placenta-acreta.htmlhttp://www.febrasgo.org.br/arquivos/femina/Femina2010/fevereiro/Femina_v38n3/Femina-v38n3_p147-53.pdf

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Arquivado em: Saúde
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