Hiperplasia Prostática Benigna

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A hiperplasia prostática benigna (HPB), também chamada de hiperplasia benigna da próstata, é uma condição médica que se caracteriza pelo aumento benigno da próstata que geralmente começa por volta dos 40 anos de idade.

A próstata é muito pequena durante a infância, sendo que esta inicia seu aumento durante a puberdade, quando há a produção de hormônios masculinos. Este crescimento perdura por toda a vida, variando de um indivíduo para outro, por motivos ainda que ainda não foram bem elucidados, sendo que, comumente, após os 40 anos, o crescimento da próstata acelera-se.

Esta alteração é caracterizada pela hiperplasia das células do estroma e do epitélio, com conseqiente constituição de nódulos na região periuretral da próstata. Quando exageradamente largos, estes nódulos comprimem o canal uretral, levando a obstrução ou estenose do mesmo, impedindo ou dificultando o trânsito normal da urina.

As manifestações clínicas da HPB são classificadas em dois tipos: obstrutiva e irritativa. Dentre a sintomatologia do primeiro tipo, podemos encontrar hesitância, intermitência, incontinência e esvaziamento incompleto da bexiga. Já entre as manifestações clínicas do quadro irritativo, encontram-se o aumento da frequência do ato de urinar, denominado noctúria quando ocorre à noite, dor suprapúbica e urgência em urinar. O conjunto de ambos os tipos de HPB, recebe a denominação de sintomas do trato urinário inferior (LUTS).

Quando não tratada, a HPB pode progredir. O esvaziamento incompleto da bexiga, leva à estase da urina, favorecendo o surgimento de infecções do trato urinário. Outros problemas também podem surgir, como a formação de cálculos na bexiga, em conseqüência da cristalização dos sais presentes na urina residual. Certos casos de retenção urinária crônica podem evoluir para insuficiência renal.

O exame do toque retal, que deve ser realizada pelo médico, pode evidenciar uma próstata claramente aumentada. Habitualmente são feitos exames de sangue para descartar afecções malignas da próstata, sendo que quando este revelar níveis elevados de antígeno prostático específico (PSA) é necessário uma investigação mais detalhada, reavaliando os resultados da PSA, realizando toque retal e ultra-sonografia endoretal. É importante ressaltar que os níveis de antígeno prostático específico podem estar aumentados no paciente, como resultado ao aumento de volume do órgão e inflamação causada pela infecção do trato urinário, sendo que a HPB não é considerada uma lesão pré-maligna.

O tratamento é feito por meio de alterações no estilo de vida e com uso de certos fármacos. Casos mais graves podem necessitar de cirurgia. Dentre as mudanças no estilo de vida, é necessário que o paciente reduza a ingestão de fluídos antes de dormir, consumir bebidas alcoólicas e que contenham cafeína moderadamente e urinar em períodos agendados. Já dentre os fármacos, α-bloqueadores são utilizados para aliviar a sintomatologia da HPB. Há também a opção de utilizar inibidores 5α-redutase; no entanto, estes apresentam ação mais vagarosa do que os α-bloqueadores. Quando o tratamento medicamentoso não tiver sucesso, a cirurgia de ressecção transuretral da próstata pode ser uma opção.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperplasia_prost%C3%A1tica_benigna
http://www.projetodiretrizes.org.br/5_volume/24-Hiperpla.pdf
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?607
https://web.archive.org/web/20101227111501/http://www.sitemedico.com.br:80/site/saude/saudedohomem/7710-hiperplasia-prostatica-benigna

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Arquivado em: Doenças
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