Nocardiose

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A nocardiose é uma infecção localizada ou disseminada, que geralmente se inicia nos pulmões, podendo propagar-se para a pele e para o cérebro. É causada pela bactéria que pertence à família Nocardiaceae, sendo que a espécie de maior destaque é a Nocardia asteroides. O gênero Nocardia é encontrado no solo e a maior via de infecção é a aerógena, através da inalação do microrganismo presente nas partículas de pó em suspensão. Menos frequentemente, esta bactéria pode penetrar no organismo ao serem ingeridas ou transmitidas através do contato com a pele.

Nocardia asteroides.

Este patógeno possui extrema importância por causar doença em pacientes imunocomprometidos, como pacientes com AIDS, que fazem o uso de corticosteróides, que possuem a doença pulmonar obstrutiva crônica, entre outras causas.

Geralmente, esta doença se inicia como uma infecção pulmonar, podendo disseminar-se pelo organismo através da circulação sanguínea, levando a formação de abscessos em diferentes partes do corpo, como cérebro, e menos frequentemente, nos rins. Em parte dos casos, há também formação de abscessos na pele ou sob ela.

No caso da pneumonia causada por essa bactéria, os sinais clínicos geralmente apresentados pelos pacientes são: tosse, debilidade geral, calafrios, dor no peito, febre, perda de apetite e redução de peso. Pode também surgir edema pulmonar. Nos casos da nocardiose cerebral, podem surgir abscessos nesse órgão, que geram intensas dores de cabeça e sensação de fraqueza. A parte do corpo que será afetada dependerá da região do cérebro onde se localizará o abscesso.

O diagnóstico é feito por de exames laboratoriais, através da detecção da Nocardia asteróides em amostras de fluídos corporais ou tecidos do indivíduo infectado.

O tratamento com antibiótico depende da gravidade, da localização da patógeno e da imunidade do paciente. O tempo de tratamento se dá de acordo com a localização das lesões; quando se trata lesões cutâneas, deve ser feito por pelo menos três meses, já nas formas sistêmica e pulmonar, o tratamentos é feito por, pelo menos, seis meses.

Fontes:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-39842002000400011&script=sci_arttext&tlng=es
http://manualmerck.net/?id=214&cn=1818&ss=
http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_41_01/rbac_41_01_09.pdf

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