Batalha do Atlântico

Doutora em História (UDESC, 2020)
Mestre em História (UDESC, 2015)
Pós-graduada em Direitos Humanos (Universidade de Coimbra, 2012)
Graduada em História (UDESC, 2010)

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A Batalha do Atlântico, que durou de Setembro de 1939 até a derrota alemã em 1945, foi a mais longa campanha militar contínua da Segunda Guerra Mundial. Durante os seis anos desta guerra naval, submarinos e navios de guerra pertencentes aos países do Eixo foram lançados contra embarcações dos países Aliados que transportavam equipamentos e provisões para a Europa.

Bombardeiro "Vought SB2U Vindicator" sobrevoa frota americana em busca de submarinos alemães no oceano Atlântico (27/nov/1941). Foto:  Marinha Americana / via Wikimedia Commons

Bombardeiro "Vought SB2U Vindicator" sobrevoa frota americana em busca de submarinos alemães no oceano Atlântico (27/nov/1941). Foto: Marinha Americana / via Wikimedia Commons

Dominar o oceano Atlântico significava controlar boa parte do abastecimento do continente europeu e era, portanto, essencial para enfraquecer o inimigo. O primeiro-ministro britânico Winston Churchill sintetizou a importância dessa batalha na seguinte frase: “A Batalha do Atlântico era o fator dominante durante toda a guerra. Nunca, por um momento que fosse, podíamos esquecer que tudo o que se passava em qualquer outro lugar, na terra, mar ou ar, dependia, em última análise, do seu resultado”.

Utilizando-se sobretudo de submarinos (U-boats), a Marinha alemã (Kriegsmarine) atacava comboios Aliados vindos da América do Norte e do Atlântico Sul que tinham como destino principalmente o Reino Unido e a União Soviética. Com a entrada da Itália na guerra, em 10 de junho de 1940, os alemães passaram a contar também com submarinos da Marinha italiana (Regia Marina).

Os comboios eram escoltados principalmente Marinha britânica, mas as perdas cresciam rapidamente, o que fez com que Churchill,  primeiro-ministro inglês, pedisse ajuda aos Estados Unidos, em 1941. Franklin Roosvelt, então presidente, disponibilizou 50 destroyers da Marinha estadunidense em troca do uso de bases britânicas no Caribe. Outro aliado importante dos britânicos foi a Marinha canadense que, embora pequena, conseguiu manter boa parte do Atlântico Norte sob controle.

Ainda que mantivesse posição de neutralidade em relação à guerra, os Estados Unidos começaram a fazer patrulhas a fim de proteger o direito de navegação neutra no Atlântico e de preparar seus comandantes navais para o caso de sua entrada no conflito, o que aconteceu após o ataque japonês a Pearl Harbor, em dezembro de 1941.

Ao longo dos seis anos que durou a Batalha do Atlântico, novas tecnologias foram sendo incorporadas ao conflito em ambos os lados envolvidos, e determinava, por um período, quem tinha vantagem no conflito.  Os serviços de inteligência dos dois lados foram essenciais durante a Batalha, já que diversas vezes puderam interceptar a comunicação do inimigo.

Entre março e maio de 1943, os Aliados destruíram cerca de 50 U-boats, o que fez com que o Comandante-em-chefe da Marinha alemã, Karl Döntiz, cancelasse as operações temporariamente em 23 de maio daquele ano. Não era ainda o fim do conflito no Atlântico, mas a partir de então o Eixo manteve-se acuado até 1945, quando uma nova frota de U-boats foi enviada. A tecnologia desses submarinos era avançada e representava uma ameaça ao domínio Aliado na região. No entanto, a Segunda Guerra Mundial chegou ao fim antes que essas embarcações permitissem o avanço alemão. Milhares de embarcações foram destruídas e cerca de 100 mil homens morreram durante a Batalha do Atlântico.

Referências:

http://www.history.co.uk/study-topics/history-of-ww2/battle-of-the-atlantic

http://www.ussslater.org/history/dehistory/history_atlanticbattle.html

http://www.hardmob.com.br/estrategia-and-defesa/370746-batalha-do-atlantico-783-submarinos-3500-navios-de-carga-afundados.html

http://www.bbc.co.uk/history/worldwars/wwtwo/battle_atlantic_01.shtml

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