Manuel Bandeira

Ensino Superior em Comunicação (Universidade Metodista de São Paulo, 2010)

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Manuel Bandeira foi um poeta brasileiro. Também atuou como professor de literatura, crítico de arte e crítico literário.

"Vou-me Embora pra Pasárgada" é um dos seus poemas mais conhecidos.

Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu em 19 de abril de 1886 em Recife, Pernambuco. Filho de uma abastada família de proprietários rurais, advogados e políticos; em 1890 viajou para o Rio de Janeiro e ingressou no Colégio Pedro II.

Foto de Manuel Bandeira.

Manuel Bandeira.

Em 1892 voltou para o Recife e começou a escrever seus primeiros versos, mas ainda não pensava em ser poeta.

Em 1903, viajou para São Paulo para cursas Arquitetura na Escola Politécnica, mas no fim do ano letivo abandonou os estudos após contrair tuberculose. De volta ao Rio de Janeiro, busca tratar a doença em estâncias climáticas em Teresópolis e Petrópolis.

Em 1913, foi para o sanatório de Cladavel na Suíça, onde conheceu o poeta francês Paul Éluard. Através desse convívio, Manuel ficou a par das inovações artísticas que aconteciam na Europa.

Conversavam sobre o verso livre na poesia e esse aspecto técnico posteriormente apareceu em sua obra, fazendo com que fosse considerado o mestre do verso livre no Brasil.

Em 1914 o escritor voltou para o Rio de Janeiro e em 1916 sua mãe faleceu. Em 1917 publica "A Cinza das Horas", com influências Parnasiana e Simbolista. Em 1918, falece sua irmã e em 1919, publica "Carnaval", que representa a sua entrada no movimento Modernista. No ano seguinte falece seu pai.

Em 1921, publica o poema “Bonheur Lyrique” na revista modernista Klaxon. Encaminhou o poema "Os Sapos" para a Semana de Arte Moderna de 1922, que foi lido por Ronald de Carvalho e causou tumulto no Teatro Municipal. No mesmo ano faleceu o seu irmão.

Em 1924 publicou "Ritmo Dissoluto" e a partir de 1925, escreveu crônicas para jornais fazendo críticas sobre cinema e música.

Em 1930 publicou "Libertinagem", obra explicitamente modernista e em 1938 foi nomeado professor de Literatura do Colégio Pedro II.

Em 1940 foi eleito para Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de número 24. Em 1943 foi nomeado professor de Literatura Hispano-Americana da Faculdade Nacional de Filosofia. Em 1957 passou quatro meses viajando pela Europa e em 1966, ao completar oitenta anos, publicou “Estrela da Vida Inteira”.

Grande parte da temática de suas obras aborda a infância, a paixão pela vida, a morte, o amor e o erotismo, a solidão e o cotidiano.

Manuel Bandeira faleceu no Rio de Janeiro, no dia 13 de outubro de 1968.

Algumas obras:

  • A Cinza das Horas, 1917
  • Carnaval, 1919
  • Os Sapos, 1922
  • O Ritmo Dissoluto, 1924
  • Libertinagem, 1930
  • Estrela da Manhã, 1936
  • Crônicas da Província do Brasil, 1937
  • Guia de Ouro Preto, 1938
  • Noções de História das Literaturas, 1940
  • Lira dos Cinquent'Anos, 1940
  • Belo, Belo, 1948
  • Mafuá do Malungo, 1948
  • Literatura Hispano-Americana , 1949
  • Gonçalves Dias, 1952
  • Opus 10, 1952
  • Itinerário de Pasárgada, 1954
  • De Poetas e de Poesias, 1954
  • Flauta de Papel, 1957
  • Estrela da Tarde, 1963
  • Vou-me Embora pra Pasárgada, 1964
  • Andorinha, Andorinha, 1966 (textos reunidos por Drummond)
  • Estrela da Vida Inteira, 1966
  • Evocação do Recife, 1966
  • Colóquio Unilateralmente Sentimental, 1968
Arquivado em: Biografias, Escritores
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