Teledramaturgia

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A teledramaturgia é a esfera artístico-cultural responsável pela produção de obras audiovisuais necessariamente de natureza dramática e romântica. Os dramaturgos dividem suas novelas em capítulos exibidos todos os dias, com exceção dos domingos. Normalmente elas duram, em média, oito meses.

No Brasil as novelas são transmitidas através do sinal aberto, em rede nacional de televisão, sendo, portanto, acessíveis a todos os telespectadores. Depois da exibição convencional e original, as que são consideradas, através de pesquisas de opinião, as de maior sucesso, são reprisadas depois de algum tempo, em estilo mais condensado e em outro horário.

Muitas produções brasileiras são negociadas com outros países, principalmente Portugal, para onde vai a maior parte da criação dos dramaturgos nacionais, bem como Chile, Espanha e Rússia, entre outros destinos internacionais. Geralmente este estilo artístico procede de países com identidade cultural ibérica, como México, Venezuela, Colômbia e Brasil, embora outras nações também apreciem esta produção. Os portugueses são igualmente renomados produtores de novelas, principalmente as realizadas pela TVI.

As novelas descendem diretamente do gênero folhetinesco, até hoje cultivado na região anglo-saxã. Os folhetins eram escritos em periódicos, também divididos em capítulos, embora nem todos fossem publicados diariamente; alguns eram levados ao leitor semanalmente. De qualquer forma, eles ansiavam sempre pelos próximos lances do enredo em voga.

As novelas brasileiras também não nasceram no formato atual. A primeira delas, Sua Vida me Pertence, de Walter Forster, transmitida pela TV Tupi de São Paulo, foi exibida com apenas vinte capítulos de 15 minutos de duração, duas vezes por semana, no horário das 20 horas, ao vivo. Ela teve sua estreia em 21 de dezembro de 1951, e seu elenco era composto por atores do calibre de Vida Alves – a qual se tornaria famosa por protagonizar o primeiro beijo da televisão brasileira ao lado de Walter Forster nesta mesma obra -, Lia de Aguiar, Dionísio de Azevedo e Lima Duarte.

A primeira produção a ser transmitida diariamente foi 2-5499 Ocupado, exibida pela TV Excelsior, na cidade de São Paulo, às 19 horas e trinta minutos. Ela estreou em julho de 1963 e, a princípio, era levada ao público todas as segundas, quartas e sextas-feiras, mas a partir do dia 9 de setembro de 1963 ela passou a ser apresentada todos os dias. Pela primeira vez Tarcísio Meira e Glória Menezes formavam um casal romântico na ficção televisiva.

As produções atuais, embora em grande parte sejam destinadas ao entretenimento, uma vez que são nada mais, nada menos, que produtos da indústria cultural, também apresentam, ocasionalmente, debates sobre temas controvertidos ou a veiculação de campanhas ou problemáticas referentes à responsabilidade social. Em Explode Coração, por exemplo, escrita por Glória Perez e exibida em 1995, aborda-se a questão das crianças desaparecidas.

Outros temas foram enfocados pelas novelas brasileiras, como uso de drogas – O Clone, em 2001 -; o transplante de medula óssea – Laços de Família, de Manoel Carlos, em 2000 -; relações homossexuais – A Próxima Vítima, de Sílvio de Abreu, em 1995 -, e outros mais.

Leia também:

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Telenovela_brasileira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teledramaturgia

Arquivado em: Artes Cênicas
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