Satélite natural

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Por Felipe Araújo

Planeta secundário, lua ou satélite natural é considerado um corpo celestial que orbite planetas e também corpos menores. O termo pode ser utilizado para designar galáxias anãs que orbitam outras de maior tamanho ou, até mesmo, planetas anões na órbita de estrelas. Entretanto, sua utilização mais geral é como sinônimo de lua no que se refere à identificação de satélites não artificiais dos planetas. Um dos exemplos mais conhecidos de satélite natural é a Lua em relação à Terra.

A Lua, o único satélite natural da Terra. Foto: NASA

Em 2011 foram identificados mais de 200 objetos na órbita do Sistema Solar e todos foram categorizados como luas (satélites naturais). Deste montante, 206 estão localizados na órbita de corpos menores e planetas anões e 169 na órbita de planetas. Entretanto, existem luas de maior tamanho do que os planetas que orbitam o Sol. Exemplos desse fenômeno são Titã e Ganímedes, respectivos satélites naturais de Saturno e de Júpiter, e que são maiores do que Mercúrio. Se ambos não estivessem na órbita destes astros, seriam categorizados como planetas. Fora isso, há satélites com dimensões abaixo de 5 quilômetros como as diversas luas de Júpiter.

Na imagem acima, obtida pela sonda Galileo, vemos fotografias de Io, Europa, Ganímedes e Calisto, respectivamente. Créditos: NASA/JPL/DLR

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Phobos (à esquerda) e Deimos (à direita), satélites naturais de Marte. Créditos: NASA

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Imagem da superfície de Titã abaixo das nuvens de metano e etano composta por fotos tiradas em novembro de 2015 pela sonda Cassini. Créditos: NASA

O aparecimento ou formação dos satélites naturais, luas ou planetas secundários ocorre de três maneiras: processos catastróficos, de captura ou formação simultânea. No primeiro processo, o planeta secundário forma-se através de um forte impacto envolvendo dois ou mais corpos planetários. Um exemplo de satélite natural formado desta maneira é a Lua (satélite da Terra).

Geralmente, o surgimento de satélites naturais ocorre através do processo de captura por satélites menores que possuem órbitas mais irregulares. A formação destas luas ocorre quando há um desvio do satélite de sua órbita de início, causada pelo efeito de campos de gravitação dos planetas. Assim, estes planetas secundários são deslocados para órbitas com menor estabilidade dos planetas em questão.

Quando ocorre a formação simultânea, a lua é gerada no mesmo tempo de gênese que o planeta que irá orbitar. Essa fase de formação foi denominada como de acreção, em que o projeto de satélite encontra-se desde o início orbitando o planeta principal. No que se refere à formação de satélites com grandes dimensões, este é o processo de surgimento mais importante.

Arquivado em: Astronomia, Sistema Solar
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