Tomás Antônio Gonzaga

Graduada em Letras - Literatura e Língua Portuguesa (UNIABEU, 2015)

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Tomás Antônio Gonzaga nasceu no dia 11 de agosto de 1744, seu pai, Dr. João Bernardo Gonzaga, brasileiro, casou-se com Tomásia Isabel Clark. Tomás nasceu em Portugal, na cidade do Porto. Embora tenha passado sua infância e adolescência no Brasil, na companhia de seu pai, em Recife e na Bahia. Para completar os estudos, precisou voltar a Portugal, e aos 24 anos se formou na Universidade de Coimbra, onde cursou Bacharelado em Direito.

Gonzaga iniciou sua carreira na advocacia e foi bem sucedido em suas causas na cidade do Porto. De modo que, com o passar dos anos, tornou-se candidato a ocupar uma Cadeira na Universidade de Coimbra, com a tese de título “Tratado de Direito Natural”. Na cidade de Beja, no ano de 1778, Tomás exerceu a função de juiz-de-fora e ocupou o cargo aproximadamente até o ano de 1781. Logo após, ocupou o cargo de Ouvidor Geral na comarca de Vila Rica (Ouro Preto), Minas Gerais, em cargo por indicação, o qual se manteve até 1789.

No mesmo ano, tornou-se noivo de Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, enamorou-se de tal forma, que lhe dedicava poemas aos ouvidos. Tais poesias clássicas foram publicadas em 1792, no livro Marília de Dirceu, pela impressão Régia. Maria Dorotéia pertencia à família principal da capital mineira. Entretanto, todo o conhecimento de seu noivo sobre as leis, não o impediram de ser detido em 1789, e levado preso para o Rio de Janeiro, por envolvimento no escândalo da Inconfidência Mineira, que tratou-se de uma conspiração contra o domínio português em Minas Gerais.

Embora sejam poucas, as obras de Tomás Antônio Gonzaga e suas diversas edições eram tratadas com bastante deslumbre. Suas poesias líricas, dedicadas a Marília, eram apaixonantes. Já as “Cartas chilenas”, eram poemas satíricos, uma coletânea de poemas de grande criticidade ao governo de D. Luís da Cunha, Governador e Capitão-General de Minas Gerais. As cartas foram editas em forma impressa apenas no Segundo Reinado.

O poeta casou-se com Juliana de Sousa Mascarenhas e teve dois filhos, na Ilha de Moçambique, onde fora levado preso durante a Inconfidência Mineira e cumprira a sua pena. Tomás Antônio Gonzaga, poeta, advogado e juiz, patrono da cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, faleceu em fevereiro de 1807.

Principais Obras:

  • Marília de Dirceu (primeira parte). Lisboa: Tipografia Nunesiana, 1792
  • Marília de Dirceu (primeira e segunda partes). Lisboa: Tipografia Nunesiana, 2 vols., 1799.
  • Marília de Dirceu (primeira e segundas partes e terceira parte apócrifa). Lisboa: Joaquim Tomás de Aquino Bulhões, 1800.
  • Cartas chilenas, Rio de Janeiro: Laemmert, 1863.
  • Obras Completas, org. M. Rodrigues Lapa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1942.

Referências:

Letras, Academia Brasileira. Disponível em: <  http://www.academia.org.br/academicos/tomas-antonio-gonzaga/biografia >

Arquivado em: Biografias, Escritores
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