Equinodermos

Por Kamila Aguiar Gabaldo
Categorias: Animais, Equinodermos
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Equinodermos (Filo Echinodermata) são os primeiros animais a apresentarem a formação do ânus antes da formação da boca. São marinhos que vivem em substratos. Estes animais tem o poder de regenerar parte de braços perdidos. São exemplos de equinodermos: estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, bolacha-da-praia, pepino-do-mar, lírio-do-mar, etc.

Eles têm como características específicas endoesqueleto espinhoso, sistema hidrovascular, pedicelárias, brânquias dermais (ou pápulas) e simetria pentarradial.

Estrutura corporal

Estrela-do-mar-almofada (Oreaster reticulatus). Foto: Ethan Daniels / Shutterstock.com

Seus corpos são formados por um disco central achatado e dele saem cinco raios que formam os braços. A boca fica na parte ventral do disco e envolta dela há um tecido membranoso macio. Indo da boca até a ponta de cada braço está o sistema ambulacral (ou vascular) que, geralmente, apresenta espinhos móveis a sua volta para proteção.

Na parte dorsal há diversos espinhos e na base deles há minúsculas pedicelárias (estruturas com formato de pinça movimentadas por músculos). As pápulas são projeções da cavidade celômica que se estendem entre os ossículos e estão relacionadas com a respiração.

Abaixo da epiderme está o endoesqueleto, ele é formado por placas calcárias ou ossículos que se mantem juntos pela ação do tecido conjuntivo de colágeno. Esse tecido pode variar de estado (liquido e sólido) a mando do sistema nervoso, fazendo com que os animais modelem suas formas sem que haja gasto de energia.

Sistema circulatório

O sistema circulatório dos equinodermos é chamado de hidrovascular. Ele é formado pelos canais ambulacrais, pés ambulacrais e ossículos. A abertura externa do sistema se dá na parte dorsal do animal pelo madreporito. A água chega ao canal radial e de lá é levado para cada um dos braços e para as vesículas, que guardam o líquido e regulam a pressão interna do sistema. Canais laterais conectam os canais radiais com os pés ambulacrais. Os pés ambulacrais são estruturas musculares ocas que podem ter ou não ventosas nas pontas.

Locomoção

O líquido da cavidade celômica é pressionado pelos músculos dos pés ambulacrais o que faz com ele se enrijeçam e consiga se movimentar. Quando em substratos rígidos como rochas, as ventosas ajudam na fixação.

Sistema respiratório e excretor

O sistema respiratório e excretor dos equinodermos também é feito pelas estruturas que formam o sistema ambulacral. A troca gasosa e a excreção de amônia acontecem por difusão nas paredes das pápulas e dos pés ambulacrais.

Sistema digestivo

A boca é seguida pelo esôfago e estômago que se localizam no disco central dos animais. A parte mais baixa do estomago (estomago cardíaco) pode ser evertida para o meio para ajudar na captura de alimentos e a parte mais alta do estomago (estomago pilórico) é conectada aos cecos pilóricos, que são glândulas digestivas. A digestão é basicamente extracelular, mas acontece também e intracelular nos cecos pilóricos. Dos cecos segue o intestino e então o ânus com abertura dorsal.

Sistema hemal

Esse sistema não é muito definido pelos pesquisadores, mas acredita-se que tenha relação com absorção de nutrientes e circulação dos fluidos corporais.

Sistema nervoso

O sistema nervoso é composto pelo anel nervoso que é formado pela boca e por um nervo radial que tem em cada braço. Um conjunto de nervos conectam esses sistemas todos as demais estruturas do corpo. Os órgãos sensoriais se limitam a órgão táteis espalhados pelo corpo e ocelos em cada braço.

Sistema reprodutor

A reprodução sexuada acontece por fertilização é externa com macho e fêmeas liberando os gametas no ambiente. Algumas espécies fazem reprodução assexuada pelo destaque de um dos braços. O desenvolvimento dos equinodermos é, em sua maioria, indireto, passando por estágio larval.

Sistemática

Existem cinco classes no filo Echinodermata: Crinoidea (lírios do mar), Asteroidea (estrelas do mar), Ophiuroidea (serpentes do mar), Echinoidea (ouriços) e Holothuroidea (pepinos do mar).

Ouriço-do-mar. Foto: NatureDiver / Shutterstock.com

Referência:
Hickman, Princípios integrados de zoologia 14 edição, 2008 – Páginas 472 a 490

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