Distrofia de Fuchs

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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A distrofia de Fuchs, também chamada de distrofia endotelial da córnea ou distrofia endotelial de Fuchs, trata-se de uma doença ocular, de caráter genético, que acomete a córnea e pode resultar em perda parcial da visão.

Esta patologia costuma ser bilateral e acomete mais indivíduos do sexo feminino do que do sexo masculino. Normalmente os primeiros sinais desta doença surgem ao redor dos 30 a 40 anos de idade, não comprometendo a visão do indivíduo até que este atinja entre 50 a 60 anos de idade.

Esta distrofia é transmitida dos progenitores aos seus descendentes, sendo que em algumas famílias é herdada de forma autossômica dominante. Isso significa que, mesmo que nenhum dos progenitores tenha a doença, os filhos apresentam 50% de chances de desenvolver a condição, caso os pais sejam portadores do gene carrgeador da distrofia.

Esta patologia acomete a delgada membrana de Descemet, que recobrem a parte posterior da córnea, ocasionando a morte das células presentes nesta camada, que auxiliam no transporte do fluído que se encontra em excesso na córnea. Deste modo, sem o adequado funcionamento desta bomba, o líquido acumula-se na córnea, resultando em edema e opacidade da córnea.

Portadores desta distrofia podem manifestar inicialmente uma visão turva ao acordar, que vai gradualmente tornando-se mais clara durante o dia. Esse fato decorre de uma maior retenção de líquidos durante o sono que, com o passar das horas, se evaporam no filme lacrimal, enquanto a pessoa está acordada. Ao passo que a doença evolui, o edema permanecerá constante, diminuindo a visão durante o dia. O paciente também pode apresentar dor nos olhos e sensibilidade à luz.

O diagnóstico desta afecção pode ser alcançado por meio do exame da lâmpada de fenda. Dentre outros exames que podem auxiliar no diagnóstico estão:

  • Paquimetria: mede a espessura da córnea;
  • Exame microscópio especular: possibilita a visualização da membrana de Descemet;
  • Teste de acuidade visual.

Até o momento, não existe um tratamento eficaz para frear a progressão da distrofia de Fuchs. Contudo, podem ser utilizados colírios e pomadas, objetivando aliviar os sintomas. No caso do surgimento de úlceras dolorosas na córnea, o uso de lentes de contato gelatinosas pode amenizar a dor. A única solução permanente para esta doença é o transplante de córnea.

Fontes:
http://www.ceratocone-bolhosa.com.br/ceratopatia/distrofia/distrof.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Fuchs'_dystrophy
http://www.fuchsdystrophy.org/
http://www.medicodeolhos.com.br/outras-categoria/distrofia-de-fuchs

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Arquivado em: Doenças genéticas
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