Síndrome Respiratória do Oriente Médio

Graduado em Ciências Biológicas (UNIFESO, 2014)

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Os coranavírus constitui um grupo de vírus no qual o seu formato lembra o de uma coroa, muito comum em animais e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) é causada por uma de suas variações (MERS-CoV). Foi descoberta na Arábia Saudita em 2012 e causa danos ao sistema respiratório. Encontrada principalmente nos países de oriente médio, essa doença possui a taxa de mortalidade alta, no qual de 35% a 45% das pessoas doentes evoluem para o óbito, muitas das pessoas que morreram possuíam alguma outra doença como diabetes, doenças renais, doenças respiratórias e sistema imunológico fraco (comorbidades) e idosos, porém, esse dado é questionado por vários estudos que afirmam que muitas pessoas foram infectadas e apresentaram sintomas leves ou nenhum sintoma, por isso não procuraram assistência de saúde, não foram diagnosticadas e não entraram para as estatísticas.

Esse vírus é encontrado no morcego e no camelo e não se tem certeza de que esses animais transmitam a doença para os seres humanos, mas é comprovado que há o contágio de pessoa para pessoa, onde as secreção respiratórias contaminadas disseminam a doença. É recomendado aos viajantes com destino ao Oriente Médio que tenham contato com camelos que lavem sempre as mãos após encostar no animal e cozinhe bem os alimentos antes do consumo. Outros métodos de prevenção também são indicados como o isolamento social das pessoas que estão doentes ou tiveram em contato com doentes. As pessoas que estão mais suscetíveis de adquirir a doença são os profissionais de saúde e os que vivem no Oriente Médio ou visitaram essa região.

A doença pode demorar de 2 a 14 dias para se manifestar clinicamente e antes de aparecer os sintomas ela não é contagiosa, mas não se sabe até quanto tempo depois ela pode ser transmitida, mesmo após o desaparecimento dos sintomas. Os principais sintomas são: febre; tosse; dor nas regiões da garganta, peito e no resto do corpo. O vírus também ataca o sistema digestório em que o enfermo apresenta náuseas, diarreia, dores na região da barriga e falta de apetite. O agravamento da doença pode ocasionar em dificuldade de respirar, pneumonia grave, insuficiência renal e óbito.

O diagnóstico é feito a partir da fase clínica, no qual o médico avalia os sintomas e as viagens recentes e então pede o exame PCR, em que é colhido amostra de secreção na parte da nasofaringe com uma espécie de cotonete grande (Swab). O exame PCR consiste em verificar a genética do vírus, sua amostra deve ser encaminhada para laboratórios de biossegurança nível 3, e se o resultado não der respostas conclusivas todo o procedimento deve ser realizado novamente. Os dados de seu resultado é de notificação compulsória, ou seja, os devidos órgãos do governo de cada país devem ser avisados formalmente sobre a suspeita e a confirmação desta doença dentro de 24 horas. Todas as pessoas que convivem com o enfermo devem ser monitoradas com frequência, mesmo que não apresentem sintomas.

Por não existir um tratamento realmente eficaz da doença é extremamente recomendado o combate à doença através da prevenção. Os coronavírus são facilmente destruídos e não existe uma vacina para o MERS, então, as recomendações preventivas da doença são montadas a partir da higienização constante adequada dos locais que podem carrear o vírus como as mãos e superfícies muito expostas as pessoas. É recomendado higienizar as mãos com álcool 70% ou com água e sabão principalmente antes de comer, tocar a bocas e os olhos. Nas superfícies pode ser utilizada água sanitária.

A Organização de Mundial de Saúde (OMS) está atenta à evolução dessa doença, mesmo tendo apresentado pequenos surtos em alguns lugares do mundo, principalmente nos países localizados no Oriente Médio, a ideia de uma pandemia não foi descartada pela organização.

Referencia:

https://www.bphc.org/whatwedo/infectious-diseases/Infectious-Diseases-A-to-Z/Documents/Fact%20Sheet%20Languages/MERS-CoV/Portuguese.pdf

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