Indústria automotiva no Brasil

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A indústria automotiva está presente no Brasil desde o início do século XX, e passa a atuar de forma direta em território nacional a partir da década de 50 do mesmo século.

O primeiro automóvel no Brasil foi um Peugeot, modelo francês importado de navio até a cidade de Santos, pelo jovem de 18 anos chamado Alberto Santos Dumont, em 1894. A primeira empresa a estabelecer um escritório no país foi a Ford, em 1919. Em 1925 seria a vez da General Motors, ambas baseadas na capital paulista. Na década de 20 surge a primeira rodovia asfaltada, a Rio-Petrópolis, inaugurada pelo presidente Washington Luís, que tinha como lema "governar é abrir estradas".

O verdadeiro nascimento da indústria automotiva ocorre durante os governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. O primeiro tomou medidas importantes como a proibição da importação de veículos montados e a imposição de alta taxação de peças. Outro ponto capital, não só no nascimento da indústria automobilística como na de outros setores foi a instalação da CSN - Companhia Siderúrgica Nacional, que possibilitou  a manufatura em território brasileiro de chapas e barras de ferro e aço, matéria-prima de todo automóvel, bem como a fabricação de várias peças.

Já Kubitschek deu o passo seguinte, dando condições às indústrias no Brasil para desenvolver localmente qualquer tecnologia estrangeira. A primazia do primeiro carro 100% fabricado nacionalmente coube à Romi, indústria de tornos e equipamentos agrícolas, que obteve o licenciamento de um minicarro italiano, o Isetta. Surge assim, em 1956, a Romi-Isetta, como ficou conhecida, com um motor semelhante ao de uma motocicleta, rodas diminutas, aro 14 e somente uma porta, frontal. No mesmo ano, outras fábricas, como a FNM (Fábrica Nacional de Motores) e a Vemag (de origem alemã) lançavam carros totalmente nacionais, apesar de serem cópias licenciadas de modelos baratos europeus e norte-americanos. Kubitschek criou ainda o GEIA - Grupo Executivo da Indústria Automobilística, destinado a viabilizar as iniciativas de produção de automóveis nacionais.

Em 1959 é a vez da Volkswagen, que instala sua filial em São Bernardo do Campo, SP, e monta os primeiros Fuscas e Kombis nacionais. A empresa irá liderar o mercado de automóveis no Brasil até o início dos anos 90. O automóvel nacional tornava-se uma realidade palpável, e o cenário urbano já era "invadido" pelos modelos nacionais, que ocupavam o espaço dos importados.

No fim dos anos 60 e início dos 70, o consumidor se torna mais exigente, e os modelos passam a ter uma qualidade melhor, sendo que várias empresas pequenas surgem, com destaque para a Gurgel e a Puma. Ao mesmo tempo, quatro empresas irão se consolidar como as principais fabricantes do país, dominando quase todo o mercado: Volkswagen, GM, Ford e Fiat.

Nos anos 90, a importação de veículos volta a ser estimulada, abrindo o mercado brasileiro. Atualmente, o Brasil possui 20 empresas competindo em um lucrativo mercado, onde estima-se que haja proporcionalmente um carro para cada cidadão brasileiro na região da grande São Paulo.

Bibliografia:
Enciclopédia do automóvel - História do carro brasileiro. Disponível em: <http://www.carroantigo.com/portugues/conteudo/curio_hist_carro_brasileiro.htm>. Acesso em: 25 nov. 2012.
Indústria automobilística. Disponível em: <http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/historia_republica-industria-automobilistica>. Acesso em: 25 nov. 2012.

Arquivado em: Economia, Indústria
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