Tornados

Mestre em Educação, Comunicação e Tecnologia (UDESC, 2016)
Graduada em Geografia (UDESC, 2014)

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Um tornado é uma coluna giratória e violenta de ar que se estende para baixo de uma nuvem cumulonimbus, comum em fortes tempestades. Inicia-se com a formação de um funil a partir da nuvem, o qual se prolonga até tocar o solo, quando efetivamente pode ser chamado de tornado. Convém esclarecer que tornados e furacões são fenômenos distintos, tornados possuem tamanho e duração menores do que furacões, entretanto, tendem a ser mais intensos e destrutivos.

Tornado em planície dos Estados Unidos. Foto: Minerva Studio / Shutterstock.com

Os tornados são visíveis em virtude da poeira e sujeira levantados do solo e pelo vapor de água condensada. Quando observados de cima, os ventos de um tornado normalmente circulam em sentido ciclônico e, devido à diferença de pressão, os ventos quentes fluem rapidamente de baixo para cima em movimento espiral. A pressão baixa dentro do funil provoca a expansão e resfriamento do ar, resultando na condensação do vapor de água.

Quanto à classificação dos tornados, comumente adota-se a “Escala Fujita”, desenvolvida pelo meteorologista nipo-americano Tetsuya Thedore “Ted” Fujita (1920 – 1998) em suas pesquisas na Universidade de Chicago nas décadas de 1960 e 1970.

Na “Escala Fujita” os tornados são classificados em função do potencial e intensidade de destruição, sendo o F0 o de menor intensidade e com velocidade dos ventos a partir de 64 km/h e não mais do que de 116 km/h, ou seja, ventos suficientes apenas para arrancar telhas de casas, quebrar galhos de árvores e derrubar placas. Por sua vez, um tornado de nível F5, a maior intensidade da escala, pode apresentar ventos com velocidade superior a 500 km/h, capazes de destruir e arrancar construções com boas fundações e até mesmo virar e arrastar carros por dezenas de metros. Ressalta-se que, a partir de 2007, o Serviço Meteorológico Nacional dos EUA incluiu novos indicadores à “Escala Fujita” para avaliar tornados de forma mais consistente e precisa, a qual foi denominada “Escala Fujita Aprimorada”.

A maioria de tornados tem o diâmetro de 100 a 600 metros, entretanto, podem apresentar desde poucos metros de largura e chegar a exceder 1.600 metros, sendo que o seu tamanho não possui, necessariamente, relação diretamente com sua intensidade.

Globalmente, as populações que mais sofrem com tornados são as residentes em faixas próximas aos trópicos, principalmente no Hemisfério Norte. O Meio-Oeste dos Estados Unidos é uma dessas regiões, reconhecidamente afetada pela ocorrência recorrente e intensa de tornados. De acordo com a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, em inglês National Oceanic and Atmospheric Administration), cerca de 1.200 tornados atingem os EUA anualmente, sendo que os registros oficiais são realizados a partir do ano de 1950. O evento mais trágico conhecido ocorreu no dia 8 de março de 1925, deixando cerca de 700 mortos, quando seu rastro de devastação se estendeu pelos estados Missouri, Illinois e Indiana.

Embora os casos de tornados nos Estados Unidos costumem apresentar maior notoriedade, outras regiões do planeta possuem registros também catastróficos. Bangladesh, por exemplo, sofreu em 1989 com tornado que gerou enorme destruição e 1.300 vidas foram perdidas. O Brasil também possui registros de ocorrências de tornados. O país está localizado no chamado Corredor dos Tornados da América do Sul, que compreende uma área entre o norte da Argentina, Uruguai, centro-sul do Brasil, Paraguai, e parte da Bolívia.

Por onde passam, os tornados podem, além de levar vidas, gerar enorme dano material: plantações, redes de alta tensão, automóveis, moradias, estabelecimentos comerciais ou industriais, prédios públicos e até mesmo grandes construções podem vir a ser contabilizadas como parte do prejuízo econômico gerado.

Referencial Bibliográfico:

NOAA. Severe weather 101: Tornadoes. Disponível em: <http://www.nssl.noaa.gov/education/svrwx101/tornadoes/> Acesso em: 24 dez. 2017.

IBGE. Vocabulário básico de recursos naturais e meio ambiente. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2004. 344p.

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