Bússola

Especialista em Geografia do Brasil (Faculdades Integradas de Jacarepaguá, RJ)
Mestre em Educação (Estácio de Sá, 2016)
Graduado em Geografia (Simonsen, 2010)

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A bússola é um antigo instrumento de localização, usada até os dias de hoje, que serve para identificar a localização dos pontos cardeais e, consequentemente, localização dos pontos colaterais e subcolaterais. Existem bússolas de dois tipos: bússolas magnéticas (que se baseiam no polo norte magnético da Terra) e bússolas solares (orientadas pelos pontos onde o sol se põe e nasce).

As bússolas solares são as mais simples, sendo instrumentos que lembram um relógio de sol com uma haste vertical sobre uma superfície plana. O princípio que orienta a construção das bússolas solares é que o sol sempre nasce no Leste e se põe no Oeste. Considerando as limitações de uso das bússolas solares, como por exemplo deixar a desejar na orientação quando não se tem a referência correta do nascer e do pôr-do-sol e também as inviabilidades noturnas delas, as bússolas atuais são bússolas magnéticas.

As bússolas magnéticas se baseiam em uma agulha imantada que aponta para o Norte magnético (que não é exatamente igual ao norte geográfico). Acredita-se que a bússola magnética mais antiga do mundo foi inventada na China antiga, na dinastia Qin e era chamada de “Governador do Sul” pois ela era semelhante a uma colher com uma haste que sempre apontava para o polo sul magnético, o oposto do que as bússolas atuais fazem.

Bússola de bolso. Foto: Triff / Shutterstock.com

Um dado relevante para ser considerado é que o polo norte magnético real seria próximo ao polo sul geográfico e o polo sul magnético seria próximo ao polo norte geográfico, porém, para evitar confusões, se convencionou inverter a nomenclatura dos polos magnéticos de modo que fiquem equiparadas com as nomenclaturas dos polos geográficos. Isso explica o motivo da antiga bússola magnética chinesa apontar para o sul.

Um importante auxílio para todas as bússolas, sejam elas magnéticas ou solares, é o uso da Rosa dos Ventos. A Rosa dos Ventos é aquele desenho que tradicionalmente aparece nos mapas indicando a direção dos pontos cardeais, podendo também incluir os colaterais e subcolaterais.

Atualmente, já existem bússolas eletrônicas e/ou digitais, que possuem um sistema inspirado naquele das bússolas magnéticas, porém mais sofisticado. Também temos na atualidade as bússolas por satélite, que se direcionam com base nos sinais trocados com satélites, este é o caso dos aparelhos de GPS (Sistema de Posicionamento Global) que também atendem as funções de uma bússola (orientar a pessoa sobre os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais), bem como fornecem um completo sistema de navegação, apresentando rotas precisas (ou com o mínimo de falhas).

Podemos dizer que desde as antigas navegações e rotas comerciais, até os atuais sistemas de GPS que são utilizados na condução de veículos automotivos, cada vez mais as bússolas ou equipamentos similares são necessárias para o deslocamento humano, seja para a simples orientação das rotas a serem seguidas, seja para o funcionamento de aplicativos que conectam o cliente com motoristas de táxi ou motoristas particulares, ou até mesmo para o rastreamento de veículos (prevenindo ou solucionando determinados crimes).

Referências:

http://www.ufrgs.br/igeo/m.topografia/index.php/home/repository/func-startdown/94/

http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/07/16/o-que-e-o-que-e-8/

Arquivado em: Cartografia
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