G20 (Grupo dos 20)

Graduado em Geografia (UFG, 2017)

Este artigo foi útil?
Considere fazer uma contribuição:


Ouça este artigo:

O Grupo dos 20, ou, G-20 é um fórum que reúne os principais países industrializados e emergentes do mundo. Inicialmente, o Grupo dos 20 era um meio de diálogo informal entre ministros de finanças e representantes das áreas econômicas dos países-membros.

Entretanto, com a crise financeira de 2008 que assolou a economia de muitos países e mostrou a dificuldade dos países centrais de superá-la, houve a importância de reconhecer e ampliar a influência econômica e política dos países emergentes.

Sendo assim, o G-20 ganhou relevância, e passou a ser representada pelos chefes de Estado dos países participantes, tornando-se o fórum central para a cooperação econômica internacional.

Objetivos e países participantes

Bandeiras dos países do G20. Ilustração: Alexey Struyskiy / Shutterstock.com

O G-20 é o principal fórum que discute aspectos da governança econômica mundial capaz de influenciar a agenda internacional. Os seus participantes que promovem debates sobre os principais problemas globais são:

Esses 19 países mais a União Europeia –também participante - equivalem a dois terços da população mundial, detém 80% do comércio e 85% da riqueza produzida em todo mundo.

O objetivo do G-20 é promover o debate construtivo entre países industrializados e emergentes sobre assuntos importantes destinados ao equilíbrio econômico global.

É visado também o incentivo da formação consensual entre os países participantes sobre questões internacionais, seja na área financeira ou política, no sentido de tomar medidas conjuntas voltadas ao crescimento econômico dos países e para o desenvolvimento sustentável.

A agenda do G-20

Com o colapso financeiro que o mundo viveu durante a crise econômica de 2008, a entrada de países emergentes foi motivada pela necessidade de injeção de recursos ao sistema financeiro graças às reservas monetárias existentes nessas nações.

Esse montante arrecadado junto aos emergentes auxiliaram na recuperação econômica e no salvamento de muitos bancos e empresas que entraram em estado de falência durante a crise.

Desse modo, as discussões do G-20 estavam voltadas para os impactos negativos da globalização que desencadearam a crise de 2008, como a volatilidade econômica – que aumentou os riscos de investimento na bolsa de valores -, o desemprego estrutural e o crescimento da desigualdade mundial.

Com as iniciativas econômicas voltadas para a recuperação do sistema financeiro internacional, a agenda da regulação tinha como objetivo evitar uma nova crise, levantando pautas como a taxação de fluxos financeiros e paraísos fiscais e o aumento da participação dos países emergentes nas ações do FMI e Banco Mundial.

Após esse processo de estabilização econômica, o G-20 ampliou sua agenda debatendo sobre combate ao desemprego, à pobreza, às negociações referentes aos protocolos firmados para reduzirem os impactos das mudanças climáticas e a crise do padrão energético mundial.

Os desafios do G-20

Constitui como um dos desafios para o grupo, apresentar alguma relevância para o rumo dos mercados financeiros a âmbito mundial. Muito se critica que o G-20 é visto por algumas autoridades como um simples compromisso protocolar, ou uma ocasião para estabelecer e firmar acordos bilaterais entre países.

Outro desafio do G-20 é sobrepor a promoção da integração entre os países-membros, em contraponto aos interesses individuais de alguns países. Ultimamente, tem crescido o movimento de “desglobalização” como forma de valorizar e impor um nacionalismo protecionista, como são os casos do governo de Donald Trump nos Estados Unidos e a saída do Reino Unido da União Europeia nomeada de “Brexit”.

Na última reunião do G-20, realizada em Junho, no Japão, teve como preocupação central o apaziguamento entre a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China que tem afetado os mercados globais. Perante ao conflito, o documento protocolado ao fim da reunião frisa que o grande desafio atual é firmar um compromisso por um mercado livre, justo e aberto entre os países.

Leia também:

Referências:

G-20: o que é e como atua? Disponível em: http://www.equit.org.br/novo/wp-content/uploads/2013/03/G20.pdf

http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2019-06/g20-alerta-para-riscos-ao-crescimento-global-por-tensoes-geopoliticas

http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/diplomacia-economica-comercial-e-financeira/15586-brasil-g20

Arquivado em: Geografia
Este artigo foi útil?
Considere fazer uma contribuição: